25 de Abril de 2024 • 06:01
Donald Trump escolheu o tenente-general H. R. McMaster como conselheiro de Segurança Nacional / Associated Press
Uma semana após a queda de Michael Flynn, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (20) o tenente-general do Exército Herbert Raymond McMaster como seu sucessor no posto de conselheiro de Segurança Nacional.
H. R. McMaster, 54, é visto como um dos mais importantes estrategistas militares dos EUA hoje, com experiência no Iraque e no Afeganistão. Ele ocupa, desde 2014, o posto de diretor do Centro de Integração de Capacidades do Exército, responsável pela harmonização entre doutrina, treinamento, sistemas e materiais militares.
Ao anunciar seu nome, na residência de Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, Trump disse que McMaster é um "homem de tremendo talento e de tremenda experiência". "Ele é muito respeitado por todo mundo nas Forças Armadas", afirmou.
Segundo o "The New York Times", o tenente-general é "um dos principais intelectuais do Exército" e foi bastante crítico da forma como o governo George W. Bush iniciou a guerra no Iraque.
No Afeganistão, ele atuou como o número dois no planejamento das forças da coalizão (ISAF) no país e dirigiu uma força anticorrupção junto aos afegãos.
Keith Kellogg, que tinha ocupado interinamente o posto deixado por Flynn, será o novo chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional.
Flynn deixou o posto após um escândalo envolvendo a Rússia. O general, uma das figuras controversas da equipe mais próxima de Trump, teve sua renúncia pedida por Trump após revelações de que ele conversou com o embaixador russo nos EUA sobre sanções ao país antes mesmo da posse.
Trump, na última quinta, disse que o problema não foi nem o conteúdo da conversa –apesar de a lei americana proibir cidadãos que não estejam no governo de conduzir temas de política externa. Para o republicano, o que ruiu a confiança entre os dois foi o fato de Flynn ter mentido sobre o conteúdo da conversa ao vice-presidente, Mike Pence.
De acordo com a imprensa americana, o general havia pedido ao diplomata russo para que Moscou não reagisse de forma desproporcional antes que Trump chegasse à Casa Branca, porque ele poderia rever as sanções -aplicadas por Barack Obama após acusações de que a Rússia teria influenciado nas eleições de novembro.
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