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Trump envia ao Congresso plano de princípios para futura reforma migratória

O plano de Trump defende também um aumento no custo dos vistos para financiar a melhoria da segurança fronteiriça

Agência Brasil

Publicado em 09/10/2017 às 17:31

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O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, quer que uma futura reforma migratória inclua a construção completa do muro na fronteira com o México e um sistema de concessão de vistos baseado no mérito, de acordo com o plano de princípios enviado nesse domingo (8) ao Congresso. A informação é da Agência EFE.

O plano de Trump defende também um aumento no custo dos vistos para financiar a melhoria da segurança fronteiriça, o retorno ágil para seus países dos menores de idade que chegam sozinhos aos EUA, a maioria deles centro-americanos, e o fim do "abuso" no sistema de concessão de asilo.

Além disso, o presidente pretende melhorar o cumprimento e a aplicação das leis migratórias, com a contratação de mais 10 mil agentes para o Escritório de Controle de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) e 300 fiscais federais adicionais.

Segundo o rascunho ao qual a EFE teve acesso, o governo Trump está disposto a trabalhar com o Congresso para atingir três objetivos: garantir entradas nos EUA seguras e legais, defender a segurança do país e proteger os trabalhadores e contribuintes americanos.

Trump acredita que "é imperativa a completa construção do muro", comentou à EFE um funcionário de alto escalão da Casa Branca.

O primeiro ponto do plano no quesito segurança de fronteira é o "financiamento e a construção completa do muro na fronteira sul", uma ideia rejeitada totalmente pela oposição democrata.

Quanto à imigração baseada no mérito, a proposta de Trump contempla, sem dar números, estabelecer limites às permissões de residência ou green cards para cônjuges e filhos menores de idade daqueles que já vivem nos EUA, bem como criar um sistema de pontos para obter essas cartões.

Em agosto passado, Trump já apoiou um projeto de lei dos senadores republicanos Tom Cotton e David Perdue, que pretende reduzir à metade a entrada de imigrantes legais nos EUA ao longo da próxima década, por meio da redução da concessão de cartões de residência.

Junto com a segurança fronteiriça e a mudança nos parâmetros de aceitação de imigrantes, o plano de Trump enfatiza a necessidade de fazer cumprir as leis migratórias e fazer reformas para a rápida saída do país daqueles que ficam mais tempo do que é permitido pelo visto.

"Agora, simplesmente não temos as ferramentas para garantir o cumprimento das leis", detalhou o funcionário da Casa Branca, ao lembrar a necessidade de contratar mais agentes e advogados para o ICE, juízes de imigração e promotores federais.

A proposta enviada ao Congresso não inclui a busca de uma solução para os 800 mil jovens sem documentos que evitaram a deportação e ganharam licenças de trabalho graças à Daca, um programa encerrado por Trump em setembro.

Apesar disso, o presidente falou aos líderes democratas no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, sobre a possibilidade de se chegar a um acordo para substituir a Daca, mas até agora não se sabe de nenhum avanço.

O funcionário da Casa Branca insistiu na necessidade de que o Congresso elabore uma legislação para os beneficiários da Daca, lembrando que a Casa Branca gostaria que isso ocorresse "o mais rápido possível".

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