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Terremoto de magnitude 7,3 na Venezuela é sentido em outros países

Foi o maior tremor a atingir o país desde 1900, segundo o Serviço Geológico dos EUA

Estadão Conteúdo

Publicado em 22/08/2018 às 12:19

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Um terremoto de magnitude 7,3 atingiu a costa nordeste da Venezuela e partes do Caribe na noite da terça-feira, 21. Foi o maior tremor a atingir o país desde 1900, segundo o Serviço Geológico dos EUA. Apesar disso, poucos danos foram registrados em razão da profundidade do abalo, de 123 quilômetros, disseram especialistas. 

Segundo a sismóloga Lucy Jones, pesquisadora associada do Instituto de Tecnologia da Califórnia, caso o epicentro tivesse sido em uma região mais próxima da superfície, os danos poderiam ser trágicos. 

Quedas de energia foram registradas em alguns lugares do país. Em Cumana, maior cidade próxima ao epicentro, gôndolas de supermercados caíram. No centro da capital Caracas, o concreto dos andares superiores de um arranha-céu inacabado caíram na calçada, forçando bombeiros a fechar o tráfego. 

A um quarteirão de distância, crianças que usavam máscaras cirúrgicas esticaram o pescoço em direção à construção inacabada, depois de terem saído do prédio de uma fundação que oferece tratamento contra o câncer para crianças pobres. 

"Sentimos algo forte e eles disseram a todo mundo para correr", disse Marisela Lopez, que estava no local com sua filha, de 7 anos.

O terremoto foi sentido em locais como Manaus, Guiana, Trinidad e Tobago, Barbados e Granada. Em Bogotá, na Colômbia, as autoridades fecharam o aeroporto internacional para inspecionar os danos da pista. 

Momentos de confusão foram registrados ao vivo pela TV estatal venezuelana enquanto o chefe da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, fazia um discurso em apoio ao recente pacote de medidas econômicas do governo de Maduro. "Terremoto!", gritavam as pessoas, enquanto o chefe da assembleia e outras autoridades trocavam olhares de confusão. "É a revolução bolivariana falando ao mundo", disse Cabello, e a plateia reagiu com aplausos.

Especialistas vêm alertando ao governo da Venezuela que o país, com pouco dinheiro, está mal preparado para lidar com um grande desastre natural. Hospitais sofrem com escassez de suprimentos. Muitas ambulâncias estão paradas, e comida e água estão entre os itens raros nas prateleiras. 

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação no país pode chegar a 1.000.000% ainda em 2018.

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