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Tempestades solares mais intensas do século devem atingir a Terra e cientistas fazem alerta

O fenômeno, provocado por uma sequência de ejeções de massa coronal expelidas pelo Sol, pode gerar espetáculos raros de auroras boreais coloridas em regiões incomuns do planeta

Ana Clara Durazzo

Publicado em 14/11/2025 às 09:30

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Caso o impacto seja forte, as auroras poderão ser vistas em grande parte do território americano e até em regiões muito ao sul do habitual / ImageFX

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Meteorologistas espaciais emitiram, nesta terça-feira, um alerta global para a chegada de tempestades solares severas que devem atingir a Terra nos próximos dias.

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O fenômeno, provocado por uma sequência de ejeções de massa coronal expelidas pelo Sol, pode gerar espetáculos raros de auroras boreais coloridas em regiões incomuns do planeta, mas também traz risco de interrupções em telecomunicações, GPS e sinais de rádio.

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A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), responsável pelo monitoramento do clima espacial, informou que a intensidade das tempestades geomagnéticas dependerá do momento exato em que as explosões solares atingirem o campo magnético da Terra.

Caso o impacto seja forte, as auroras poderão ser vistas em grande parte do território americano e até em regiões muito ao sul do habitual.

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Sol vive fase de máxima atividade em seu ciclo de 11 anos

O aumento dos episódios de auroras pelo mundo não é coincidência. O Sol está no pico do seu ciclo de atividade de 11 anos, período em que seus polos magnéticos se invertem, gerando torções e instabilidades que intensificam a ocorrência de explosões solares.

Essa hiperatividade resultou, no último ano, na maior tempestade geomagnética em duas décadas, que iluminou o céu de países que raramente veem o fenômeno, como Alemanha, Reino Unido e até a cidade de Nova York. Especialistas alertam que novas exibições devem ocorrer até o fim de 2026.

As auroras acontecem quando partículas carregadas do Sol colidem com a atmosfera terrestre, produzindo luzes dançantes nos céus. Normalmente concentradas perto dos polos, essas luzes podem se expandir para latitudes muito mais baixas durante eventos solares severos.

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Tempestades solares também representam riscos

Embora visualmente espetaculares, as tempestades solares não são apenas fenômenos estéticos. Quando partículas energéticas atingem a magnetosfera da Terra, podem causar:

interferência em redes elétricas,

falhas temporárias em GPS,

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problemas em satélites,

instabilidade em rádios de aviação e comunicação marítima,

interrupções em comunicações militares e de emergência.

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Eventos extremos já deixaram marcas na história. Em 1859, a famosa Tempestade de Carrington gerou auroras visíveis até no Havaí e incendiou linhas telegráficas. Em 1972, uma tempestade solar desencadeou a detonação acidental de minas marítimas magnéticas dos EUA no Vietnã.

Monitoramento constante 

Apesar das tecnologias atuais, cientistas ainda não conseguem prever tempestades solares com meses de antecedência. As análises são feitas em tempo real a partir das imagens e dados de satélites que monitoram o Sol. Por isso, alertas só podem ser emitidos dias ou até horas antes da chegada das partículas solares à Terra.

Os especialistas da NOAA afirmam que setores vulneráveis, como aviação, telecomunicações e redes elétricas, já foram alertados para possíveis impactos.

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Enquanto isso, astrônomos e observadores do céu aguardam um espetáculo potencialmente histórico, caso as auroras se espalhem para regiões onde milhões de pessoas jamais viram o fenômeno.

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