X

Mundo

Retórica 'venenosa' de Trump ameaça os direitos humanos, diz ONG

A Organização diz que princípios de igualdade e dignidade humana estão sob ameaça do presidente americano e outros líderes globais

Folhapress

Publicado em 22/02/2017 às 21:00

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

A Anistia Internacional disse que a retórica / Divulgação

A Anistia Internacional disse nesta quarta-feira (22) que a retórica "venenosa" de Donald Trump ajudou a promover uma tendência global de sectarismo na política que tornou o mundo um lugar mais "sombrio".

Em seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos em 159 países, a ONG diz que princípios de igualdade e dignidade humana estão sob ameaça do presidente americano e outros líderes globais.

"A retórica de campanha venenosa de Donald Trump exemplifica uma tendência global em direção a uma política mais sectária e raivosa", diz o documento. Há também, acrescenta, um aumento no discurso de ódio na Europa e nos EUA, o que torna o mundo um "lugar instável" e "sombrio".

"As decisões que ele vem tomando, como a construção de um muro na fronteira com o México ou a aceleração das deportações de imigrantes ilegais, terão consequências sobre milhões de pessoas", afirmou o diretor para as Américas da ONG, Geneviève Garrigos.

O secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, alertou para o "risco de efeito dominó" quando países poderosos como os Estados Unidos "retrocedem em seus compromissos com os direitos humanos".

Além de Trump, foram denunciados pela ONG o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que "têm uma agenda tóxica que persegue, desumaniza e transforma em bodes expiatórios grupos inteiros de pessoas".

Diante desse cenário, a Anistia Internacional fez uma convocatória de mobilização. "O ano de 217 será de resistência", disse o secretário-geral Shetty à agência de notícias AFP. "Nossas esperanças estão no povo."

Brasil

Com relação ao Brasil, a Anistia Internacional criticou as políticas de segurança pública do governo Michel Temer.

"Atualmente, a política de segurança pública está concentrada na guerra às drogas, com um encarceramento desproporcional, que deixa milhares de mortos todos os anos", afirmou a assessora da ONG no Brasil, Renata Neider, em entrevista coletiva no Rio.

A organização alertou também para as ameaças contra defensores de direitos humanos, "que seguem sendo vítimas de ameaças e assassinatos" no Brasil e em outros países da região, como a Colômbia.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cubatão

Quer casar no Píer? Casamento Comunitário está com inscrições abertas

Segundo organizadores, ainda há vagas para a cerimônia oficial que ocorre no dia 31 de maio

Polícia

Guarda agride menor apreendido por suspeita de roubo em Santos

O menor já tinha sido controlado pela equipe quando o guarda o atingiu com um soco na altura do abdômen

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter