Karadzic foi condenado por perseguição, extermínio, deportação, transferência forçada e assassinato / Associated Press
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Um tribunal da ONU sentenciou nesta quinta-feira (24) o ex-líder servo-bósnio Radovan Karadzic, 70, a 40 anos de prisão por acusações de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade ao liderar uma campanha contra civis, incluindo o massacre de 8.000 muçulmanos bósnios em Srebrenica, em 1995, e o cerco de quase quatro anos a Sarajevo.
O Tribunal Penal Internacional da ONU para a ex-Iugoslávia condenou Karadzic por genocídio no massacre de Srebrenica, que teve como objetivo matar "todas as pessoas sadias do sexo masculino" na cidade e sistematicamente exterminar a comunidade muçulmana bósnia local. Os corpos foram despejados em valas comuns.
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Karadzic foi condenado por perseguição, extermínio, deportação, transferência forçada e assassinato-mas absolvido na acusação de genocídio- em conexão com a campanha para expulsar croatas e muçulmanos bósnios de vilas reivindicadas por forças sérvias durante a guerra civil do país (1992-1995).
Além disso, a corte considerou que Karadzic "contribuiu" na campanha que usou franco-atiradores e bombardeios que aterrorizou a população civil de Sarajevo, a capital da Bósnia.
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As atrocidades na Bósnia foram motivo de arrependimento para Bill Clinton, o presidente dos EUA na época, e estimulou seu governo a alcançar os acordo de paz de Dayton, em 1995, e em apoiar, subsequentemente, o bombardeio de Belgrado pela Otan (aliança militar do Ocidente), em 1999, para evitar atrocidades similares no Kosovo.