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Que medo! Movimento inusitado da Terra faz países girarem e preocupa geólogos

Um estudo revela que a Península Ibérica está pivotando como uma engrenagem sob pressão da África, aumentando o risco de sismos ocultos

Giovanna Camiotto

Publicado em 19/12/2025 às 15:00

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Um fenômeno geológico inesperado está mudando a compreensão sobre o futuro da Europa e da África / Gemini AI

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Um fenômeno geológico inesperado está mudando a compreensão sobre o futuro da Europa e da África. Segundo um estudo recente publicado na revista Gondwana Research, a Espanha e o Portugal estão girando sobre si mesmos. O movimento, que desafia a visão tradicional de que as placas tectônicas se deslocam apenas de forma linear, coloca a Península Ibérica em uma posição de "torção" constante, funcionando como uma engrenagem presa entre dois gigantes.

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Anualmente, as placas Africana e Eurasiana se aproximam entre 4 e 6 milímetros. No entanto, no sul da Península Ibérica, essa fronteira não é uma linha clara, mas uma zona complexa e "difusa". De acordo com o geólogo Asier Madarieta, a pressão vinda do sul (África) e as forças laterais do Mediterrâneo criam um torque que força o bloco ibérico a rotacionar no sentido horário.

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Um fenômeno geológico inesperado revelou que a Espanha e o Portugal estão girando no sentido horário devido à pressão entre as placas tectônicas da África e da Eurásia/Gemini
Um fenômeno geológico inesperado revelou que a Espanha e o Portugal estão girando no sentido horário devido à pressão entre as placas tectônicas da África e da Eurásia/Gemini
Diferente do movimento linear comum, a Península Ibérica está pivotando como uma engrenagem, o que gera tensões intensas e invisíveis em toda a estrutura do solo/Gemini
Diferente do movimento linear comum, a Península Ibérica está pivotando como uma engrenagem, o que gera tensões intensas e invisíveis em toda a estrutura do solo/Gemini
Geólogos demonstram preocupação com esse movimento inusitado, pois a rotação pode desencadear terremotos em áreas onde não existem falhas geográficas visíveis na superfície/Gemini
Geólogos demonstram preocupação com esse movimento inusitado, pois a rotação pode desencadear terremotos em áreas onde não existem falhas geográficas visíveis na superfície/Gemini
A descoberta foi possível graças ao uso de tecnologia GPS de alta precisão e monitoramento sísmico, mapeando a complexa "torção" sofrida pelo bloco ibérico anualmente/Gemini
A descoberta foi possível graças ao uso de tecnologia GPS de alta precisão e monitoramento sísmico, mapeando a complexa "torção" sofrida pelo bloco ibérico anualmente/Gemini
O Estreito de Gibraltar atua como o ponto central dessa deformação, onde a placa africana empurra o continente europeu e força a rotação dos países vizinhos/Gemini
O Estreito de Gibraltar atua como o ponto central dessa deformação, onde a placa africana empurra o continente europeu e força a rotação dos países vizinhos/Gemini

O perigo invisível por trás da rotação

O que mais preocupa os especialistas não é apenas o movimento em si, mas as suas consequências imprevisíveis. Essa rotação distribui tensões por uma vasta região em vez de concentrá-las em uma única falha visível.

Isso explica por que a região é frequentemente alvo de terremotos de origem desconhecida, que ocorrem em locais onde não existem fraturas expostas na superfície.

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A área do Estreito de Gibraltar funciona como o epicentro dessa deformação, formando um arco montanhoso que liga a Espanha ao Marrocos. Com o uso de dados de satélite e sensores GPS de alta precisão, os cientistas agora tentam mapear essas estruturas invisíveis para antecipar riscos sísmicos em áreas que antes eram consideradas estáveis.

É importante entender que o solo sob os pés dos espanhóis e portugueses está pivotando é o primeiro passo para prevenir desastres em uma das zonas mais complexas do planeta.

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