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Quais regiões podem se tornar inabitáveis devido ao calor do aquecimento global

Mesmo com aumento de 2°C, milhões viverão em áreas perigosas para o corpo humano

Luna Almeida

Publicado em 04/07/2025 às 08:30

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O cenário representa um alerta especialmente preocupante para populações mais vulneráveis / Freepik

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Um estudo divulgado por pesquisadores do King's College London aponta que, se a temperatura média global atingir um aumento de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, grandes áreas do planeta poderão se tornar inabitáveis para os seres humanos. 

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O cenário representa um alerta especialmente preocupante para populações mais vulneráveis, como idosos acima dos 60 anos.

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Segundo os cientistas, o planeta já acumula uma elevação de aproximadamente 1,5°C na temperatura média. No entanto, mesmo que os limites do Acordo de Paris sejam respeitados, a estimativa é que um terço do planeta fique quente demais para a habitação. 

A exposição ao calor extremo poderá afetar profundamente a saúde humana, com risco elevado de superaquecimento do corpo, mesmo em ambientes sombreados e ventilados.

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Regiões mais afetadas

O estudo, publicado na revista Nature Reviews Earth & Environment, detalha as regiões onde o calor poderá ultrapassar os limites de tolerância fisiológica do corpo humano:

  • Golfo Pérsico e Península Arábica
     
  • Planície Indo-Gangética (Índia e Bangladesh)
     
  • Sul dos Estados Unidos e México

Nessas áreas, as ondas de calor já representam riscos para a saúde, afetando inclusive pessoas jovens e em boas condições físicas. Com o agravamento do aquecimento global, permanecer ao ar livre mesmo com medidas básicas de proteção poderá se tornar fatal.

Aquecimento de 4°C: cenário extremo

Se o aumento da temperatura global chegar a 4°C, cerca de 40% da superfície da Terra poderá enfrentar níveis de calor que o corpo humano não é capaz de suportar por longos períodos. 

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O risco se estende a situações comuns do cotidiano, como caminhar na rua ou permanecer dentro de casa sem climatização adequada.

Caminhos para evitar o colapso climático

A única forma de evitar as consequências mais severas, de acordo com os cientistas, é reduzir drasticamente as emissões de dióxido de carbono. Isso inclui a transição urgente para fontes de energia renovável, proteção de ecossistemas que capturam carbono e investimentos em infraestrutura urbana adaptada às novas condições climáticas.

Sem essas medidas, milhões de pessoas em todo o mundo poderão viver em regiões onde o simples ato de respirar em um dia quente se tornará uma ameaça real à vida.

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