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Quadrilha é presa na Espanha por tráfico de 41 mil toneladas de lixo plástico

Grupo escondia resíduos em León e Valência e exportava ilegalmente para países como Brasil, Marrocos e Vietnã

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 22/05/2025 às 19:37

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Quadrilha exportava o lixo para diversos países como Brasil, Marrocos e Índia / Divulgação/Guarda Civil da Espanha

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A Guarda Civil da Espanha desmantelou uma quadrilha internacional que traficava ilegalmente mais de 41 mil toneladas de lixo plástico entre Europa, América, África e Ásia. A operação, chamada Finoplast, resultou na prisão de cinco pessoas e na investigação de outras 15, todas envolvidas em crimes ambientais e falsificação de documentos.

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Segundo as autoridades, os resíduos plásticos vinham principalmente de atividades agrícolas na França e Portugal. Eles eram transportados por caminhões até armazéns clandestinos em León e Alberic (Valência), onde permaneciam armazenados sem qualquer tipo de autorização ambiental.

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Investigações apontam que mais de 18.800 toneladas de lixo foram transferidas ilegalmente para a Espanha, parte das quais acabava abandonada, e outra parte era exportada com documentação fraudulenta.

Exportações para Brasil, Marrocos, Índia e outros países

A quadrilha exportava o lixo para diversos países como Brasil, Marrocos, Índia, Vietnã, Malásia, Tailândia, Paquistão, Angola e Emirados Árabes Unidos. Para enganar a fiscalização alfandegária, os criminosos utilizavam um método de “cobertura”, colocando plástico limpo na frente dos contêineres e escondendo o resíduo contaminado atrás.

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A Guarda Civil apreendeu documentos falsificados, que apresentavam os resíduos como materiais recicláveis. As investigações revelaram que 22.785 toneladas de lixo foram enviadas ilegalmente a outros países.

Tóxicos detectados e empresas envolvidas

Análises feitas pelo Instituto Nacional de Toxicologia de Barcelona em 16 amostras de resíduos detectaram elementos tóxicos em 15 delas. A Guarda Civil também realizou buscas em 11 imóveis e empresas na Espanha, incluindo Valência, Almería e Tenerife.

Quatro empresas eram usadas como fachada por 16 sociedades comerciais, e outras colaboravam na ocultação de resíduos em contêineres.

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Apoio internacional e prisão preventiva

A operação contou com o apoio da Copernicus, rede europeia de satélites de observação ambiental, além de cooperação judicial com França, Portugal, Alemanha, Suíça e Reino Unido, via Eurojust e Europol. O líder da organização foi preso preventivamente, e as investigações patrimoniais seguem em andamento.

A operação também envolveu o Ministério para a Transição Ecológica, autoridades ambientais de Castilla y León e diversas unidades especializadas da Guarda Civil.

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