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Próxima extinção em massa pode ser a mais rápida da história, alerta estudo global

Relatório da revista The Lancet aponta riscos catastróficos caso o planeta continue ignorando os alertas sobre a crise climática

Luna Almeida

Publicado em 05/08/2025 às 07:40

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O alerta foi reforçado durante a abertura de um encontro internacional no Rio de Janeiro / Freepik/Wirestock

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O planeta pode estar se encaminhando para uma nova extinção em massa – e, desta vez, de forma extremamente acelerada. A conclusão é de Hugh Montgomery, pesquisador da University College London e um dos responsáveis pelo relatório de 2024 sobre crise climática e saúde publicado pela renomada revista científica The Lancet.

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O alerta foi reforçado durante a abertura de um encontro internacional no Rio de Janeiro, o Forecasting Healthy Futures Global Summit, que antecede a COP 30, programada para novembro também no Brasil. 

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Segundo o cientista, a humanidade já está provocando uma destruição em larga escala semelhante à que ocorreu no Período Permiano, há milhões de anos, quando cerca de 90% das espécies desapareceram.

De acordo com o relatório, essa possível nova extinção já está em andamento e pode ser a mais veloz da história do planeta. 

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A principal causa apontada é o avanço das mudanças climáticas e a alta concentração de gases de efeito estufa. A estimativa é de que, se a temperatura global atingir 3°C acima dos níveis pré-industriais, as consequências podem ser catastróficas.

Em 2024, o planeta já ultrapassou a marca de 1,5°C de aquecimento, e o cenário atual aponta para um aumento de até 2,7°C até o fim do século, caso não haja ações imediatas. 

Entre os possíveis efeitos está o derretimento acelerado do gelo no Ártico, que pode ocorrer com aumentos entre 1,7°C e 2,3°C, mesmo que por um curto período. 

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Isso impactaria diretamente as correntes oceânicas que regulam o clima, levando a uma elevação do nível do mar em diversos metros já nas próximas duas ou três décadas.

O relatório também destaca a ameaça representada pelo metano, que é cerca de 83 vezes mais potente do que o dióxido de carbono e é liberado principalmente durante a extração de gás natural. 

Os prejuízos vão além dos impactos ambientais: a economia mundial pode sofrer perdas estimadas em 38 trilhões de dólares por ano a partir de 2049, caso a poluição continue crescendo nesse ritmo.

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Montgomery defende que, embora seja necessário buscar formas de adaptação para proteger a saúde humana, isso não é suficiente. A solução precisa passar, obrigatoriamente, pela redução drástica das emissões.

Focar apenas em aliviar os sintomas da crise climática, segundo ele, é negligenciar a busca pela verdadeira cura.

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