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França vai construir prisão para traficantes e extremistas na Amazônia

O governo francês anunciou a construção de uma nova prisão de segurança máxima na Guiana Francesa, com o objetivo de deter traficantes e extremistas islâmicos

Ana Clara Durazzo

Publicado em 20/05/2025 às 15:28

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A localização remota, nas profundezas da floresta amazônica, foi escolhida estrategicamente para dificultar a comunicação externa dos detentos / Ministério da Justiça Francês/Reprodução

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O governo da França anunciou no último sábado, 17, a construção de uma nova prisão de segurança máxima em uma área isolada da floresta amazônica, localizada em seu território ultramarino da Guiana Francesa. 

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A instalação, orçada em €400 milhões (aproximadamente R$ 2,5 bilhões), está prevista para ser inaugurada em 2028 e terá capacidade para 500 detentos, incluindo 60 em regime de segurança máxima e 15 condenados por terrorismo. 

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A localização remota, nas profundezas da floresta amazônica, foi escolhida estrategicamente para dificultar a comunicação externa dos detentos.

O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, afirmou que a prisão visa "neutralizar os traficantes de drogas mais perigosos" e impedir que mantenham contato com suas redes criminosas na França continental.

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Oposição Local

Entretanto, o projeto enfrenta forte oposição local. Autoridades e residentes da Guiana Francesa criticam a decisão por ter sido tomada sem consulta prévia e por reavivar memórias dolorosas do passado colonial, já que a região abrigou a infame colônia penal da Ilha do Diabo. 
 

Jean-Paul Fereira, presidente interino da coletividade territorial da Guiana Francesa, classificou a iniciativa como "desrespeitosa e insultuosa". O deputado Jean-Victor Castor chamou o plano de "regressão colonial" e pediu sua suspensão imediata.

A construção da prisão faz parte de uma estratégia mais ampla do governo francês para combater o crime organizado e o tráfico de drogas, especialmente após uma série de ataques a prisões no país, atribuídos a grupos criminosos.

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O ministro Darmanin também busca colaboração internacional, tendo negociado um tratado com o Brasil e planejando visitas à Colômbia e ao Peru. 

Apesar das controvérsias, o governo francês mantém a intenção de prosseguir com o projeto, destacando a necessidade de medidas eficazes contra o crime organizado e a radicalização.

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