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Presidente sul-coreano diz que Trump ajudou retomada de diálogo com Norte

Segundo ele, a retomada dos diálogos pode ter sido resultado da pressão e das sanções lideradas pelos EUA

Folhapress

Publicado em 10/01/2018 às 20:31

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O diálogo entre as autoridades coreanas aconteceu na última terça em uma região que separa os dois países / Divulgação

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O presidente sul-coreano Moon Jae-in disse nesta quarta-feira (10) que o seu colega americano Donald Trump deve receber os créditos pela retomada do diálogo entre Seul e Pyongyang.

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"Eu acho que o presidente Trump merece um grande crédito por ajudar as conversas intercoreanas a acontecerem", disse Moon durante uma entrevista coletiva em Seul. Segundo ele, a retomada dos diálogos "pode ter sido resultado da pressão e das sanções lideradas pelos EUA".

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O Conselho de Segurança da ONU aprovou no fim de dezembro a proposta americana de impor novas sanções contra o regime norte-coreano, levando Pyongyang a dizer que as novas punições eram um "ato de guerra".

Assim, a fala do líder sul-coreano nesta quarta vai ao encontro das declarações mais recentes de Trump, como a da última quinta-feira (4), na qual atribuía a ele mesmo o mérito pela nova rodada de negociação entre as Coreias.

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"Alguém realmente acredita que as conversas e o diálogo estariam acontecendo entre a Coreia do Norte e a do Sul se eu não fosse firme, forte e disposto a comprometer nosso 'poder' total contra o Norte?", disse o americano na ocasião.

Trump também chegou a classificar como "uma coisa boa" a reunião entre os dois países e no sábado (6), disse que "com certeza" aceitaria se reunir com o ditador Kim-Jong-un, desde que ele aceitasse algumas condições -o americano não não especificou quais. Nesta quarta, Moon disse que também aceitaria se encontrar com o norte-coreano.

Essas declarações de Trump marcaram uma mudança de posição em relação a seu tom anterior, quando o americano criticava as tentativas de conversas com Pyongyang e não poupava ataques contra Kim, contra quem trocou uma série de insultos nos últimos meses.

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No início de 2018, por exemplo, logo após Kim expressar sua vontade de retomar o diálogo e enviar uma delegação do país para a Olimpíada de Inverno na Coreia do Sul, Trump respondeu ameaçando o ditador.

"Alguém que pertença a esse regime decrépito e causador de fome por favor avise a ele que eu também tenho um botão nuclear, mas é muito maior e mais poderoso que o dele, e o meu funciona!" disse o presidente dos EUA no dia 2.

Aliados de Trump também afirmaram que a disposição de Kim ao diálogo e a participação norte-coreana na Olimpíada poderiam ser estratégias de Pyongyang para tirar o foco internacional de seu programa nuclear e para separar Seul e Washington.

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Para Moon, porém, seu país e os Estados Unidos têm a mesma opinião sobre a Coreia do Norte. "Nossa tarefa daqui em diante é fazer a Coreia do Norte participar de conversas sobre a desnuclearização. É nossa meta principal e não vamos desistir", disse o presidente sul-coreano.

Ele também defendeu que os novos diálogos não podem ficar apenas na conversa.

DIÁLOGO

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Depois de mais de dois anos, autoridades de Seul e de Pyongyang se reuniram na terça (9) para uma conversa na vila de Panmunjom, que fica dentro da zona desmilitarizada que separa os dois países.

Durante as 11 horas de reunião, os dois lados concordaram com a participação norte-coreana na Olimpíada e com a necessidade de novos diálogos para diminuir a tensão na península.

O governo de Kim, porém, afirmou que não pretende negociar seu programa nuclear com os vizinhos.

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Após o encontro na terça, A Casa Branca disse que "a participação norte-coreana é uma oportunidade para o regime perceber a importância de interromper seu isolamento internacional iniciando uma desnuclearização".

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