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Polícia de Las Vegas acredita que atirador planejava escapar

Stephen Paddock matou 58 pessoas no maior massacre da história dos Estados Unidos

Agência Brasil

Publicado em 05/10/2017 às 18:30

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O xerife de Las Vegas, Joseph Lombardo (esq) fala à imprensa ao lado do agente do FBI Aaron Rouse / EFE/Eugene Garcia

Stephen Paddock, o atirador que matou 58 pessoas no maior massacre da história dos Estados Unidos, planejava escapar após o ataque. A informação foi repassada em uma entrevista coletiva pelo chefe da polícia metropolitana de Las Vegas, o xerife Joseph Lombardo. '"Ele estava fazendo todo o possível para ver como poderia escapar", disse Lombardo na noite de ontem (4).

Antes de se matar, Paddock, 64 anos, havia montado câmeras dentro e fora de sua suíte de hotel. A polícia também descobriu mais indícios de que o crime foi planejado por um longo período. O atirador chegou a alugar um quarto em um hotel no centro de Las Vegas semanas antes do massacre de domingo e durante outro evento musical que aconteceu na cidade. Segundo Lombardo, um vídeo do hotel foi recuperado e será usado nas investigações.

Também foram encontrados cerca de 25 quilos de explosivos e 1.600 cartuchos de munição no carro de Paddock, estacionado no estacionamento do hotel Mandalay Bay. Havia ainda uma nota do atirador em seu quarto, mas não era uma nota suicida, segundo Lombardo. O chefe da polícia não revelou detalhes sobre o conteúdo da nota.

Mente desconhecida

Lombardo afirmou que ainda não foram esclarecidas as motivações de Paddock. Ao que parece para os investigadores, ele vivia uma vida reservada e secreta. "Não sabemos as razões da mente dele", declarou. O xerife informou que mais de 100 investigadores trabalharam nas últimas 72 horas para traçar um perfil de Paddock. “O perfil que encontramos até agora é de que ele era um homem perturbado e perigoso e passou décadas adquirindo armas e munição”.

As intenções de Paddock não eram conhecidas pela namorada dele, Marilou Danley, segundo o depoimento apresentado por ela à polícia e ao FBI (a Polícia Federal norte-americana) ontem. Cidadã australiana nascida nas Filipinas, Marilou não falou com a imprensa, mas seu advogado leu uma carta escrita por ela, em que afirma estar cooperando com as investigações e que o namorado nunca havia dado sinais de que planejava o massacre.

No texto, ela diz que Stephen Paddock era um homem quieto. "Ele nunca me disse nada ou fez qualquer coisa que me deixasse ciente de que algo terrível ia acontecer", afirmou na carta.  Duas semanas antes do massacre, Paddock comprou uma passagem para as Filipinas e disse à namorada que queria que ela fosse visitar a família dela. Além disso, Paddock depositou U$100 mil dólares em uma conta para ela nas Filipinas. Marilou disse que pensou que ele queria terminar a relação.

Em tom emotivo, Marilou disse na carta que estava muito triste pelo acontecido. "Eu tenho fé em Deus e vou continuar a orar por todos os que foram prejudicados.... Eu sou uma mãe e avó. Meu coração se parte para todos os que perderam entes queridos", comentou.

Terrorismo

Apesar da magnitude do massacre, o investigador Aaron Rouse, agente do FBI designado para o caso, afirmou "não ter nenhuma evidência até agora para indicar terrorismo". Mas frisou que a investigação está em curso. "Nós vamos continuar a olhar para todas as possibilidades. Não estamos fechando as portas", disse.

Nas redes sociais, alguns internautas questionam se Paddock não seria um supremacista branco. Mas o FBI e a polícia reafirmaram que ainda não há conclusões e nem hipóteses sobre suas motivações.

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