Papa Leão XIV reverte reforma imposta pelo papa Francisco; entenda o caso / Reprodução/ Getty Images Europa
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Quase cinco meses após sua eleição, o Papa Leão XIV decidiu, nesta segunda-feira (6), impor um limite ao poder do Instituto para as Obras de Religião (IOR), também conhecido como Banco do Vaticano.
Como primeiro decreto de seu pontificado, o Papa americano removeu a exclusividade do IOR sobre investimentos, permitindo que bancos estrangeiros participem — medida originalmente implementada pelo Papa Francisco em agosto de 2022.
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Além disso, ele devolveu à Administração do Patrimônio da Santa Sé (APSA) o poder de realizar investimentos, utilizando as estruturas do IOR quando apropriado, para promover maior cooperação entre as diferentes entidades do Vaticano.
“Essa responsabilidade compartilhada, que se estende também às instituições curiais responsáveis pelas atividades de investimento financeiro da Santa Sé, exige consolidar as disposições estabelecidas ao longo do tempo e definir claramente os papéis e responsabilidades de cada instituição, permitindo a convergência de todos em uma dinâmica de colaboração mútua”, afirmou o pontífice em seu decreto.
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A decisão busca reforçar a transparência e a eficiência na gestão financeira da Igreja, alinhando-se aos princípios da Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, que reformou a Cúria Romana.
A medida foi bem recebida por fontes próximas ao Vaticano, que afirmaram que o decreto corrige disfunções anteriores e consolida o trabalho de reforma iniciado pelo Papa Francisco para limpar e modernizar as finanças vaticanas.
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