14 de Outubro de 2024 • 05:38
Fachada do Hotel Safari em Mogadíscio, capital da Somália, onde uma forte explosão deixou pelo menos 215 mortos e mais de 300 pessoas feridas / Associated Press
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou o atentado jihadista que deixou pelo menos 215 mortos no sábado (14) na capital da Somália e pediu ao país que se una contra o terrorismo. As informações são da EFE.
Em um comunicado de seu porta-voz, neste domingo (15), Guterres pediu "a todos os somalis que se unam à luta contra o terrorismo e o extremismo violento e trabalhem lado a lado na construção de um Estado funcional e inclusivo".
O Departamento de Estado dos Estados Unidos também condenou o "covarde" atentado. A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauer, expressou em nota a posição dos EUA quanto ao pior atentado da história da Somália, no qual supostos terroristas do Al Shabab explodiram caminhões-bomba em um hotel e em um mercado da capital, Mogadíscio.
"Os EUA condenam nos termos mais enérgicos os ataques terroristas que mataram e feriram centenas de pessoas em Mogadíscio", disse a porta-voz em sua nota.
"Frente a este ato covarde e sem sentido, os EUA continuarão apoiando o governo somali, seu povo e nossos aliados internacionais para combater o terrorismo e apoiar seus esforços para alcançar a paz, a segurança e a prosperidade", destacou Heather.
Ataque
Os supostos terroristas explodiram os caminhões-bomba em um movimentado mercado e um hotel, por isso a grande maioria de vítimas é de civis.
A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Muhammad Siad Barre, o que deixou o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e grupos de criminosos armados.
O chefe da ONU enviou condolências às famílias afetadas e desejou uma pronta recuperação aos feridos, ao mesmo tempo que elogiou os serviços de emergência e os habitantes de Mogadíscio por sua mobilização para atender as vítimas.
Vários edifícios próximos às explosões ficaram completamente destruídos e os hospitais estão superlotados de feridos, para os quais não há medicamentos suficientes nem sangue para realizar transfusões.
Guterres reafirmou "o apoio e a solidariedade das Nações Unidas com o povo e o governo da Somália em sua busca por paz e estabilidade".
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