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O Túnel de Seikan é uma das maiores conquistas da engenharia moderna uma passagem subaquática que conecta tecnologia, coragem e história
Localizado no norte do Japão, o Túnel de Seikan conecta as ilhas de Honshu e Hokkaido / Reprodução
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Em um mundo onde as distâncias parecem encurtar a cada avanço tecnológico, este túnel é prova de que paciência, inovação e determinação podem transformar um desafio colossal em um feito histórico.
Entre duas ilhas do norte do Japão, esconde-se uma das obras de engenharia mais impressionantes já construídas: o Túnel de Seikan, que atravessa o estreito de Tsugaru e detém o recorde de túnel subaquático mais longo do mundo, com 53,85 quilômetros de extensão.
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Mais do que uma estrutura de transporte, ele representa um marco da engenhosidade humana, conectando não apenas territórios, mas também gerações de conhecimento técnico e coragem para vencer os limites do possível.
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Localizado no norte do Japão, o Túnel de Seikan conecta as ilhas de Honshu e Hokkaido. A ideia de sua construção surgiu em meados do século XX, quando o país buscava uma forma mais segura e eficiente de atravessar o estreito de Tsugaru.
Antes disso, os ferries eram a única opção — um trajeto arriscado, especialmente durante o inverno, quando tempestades e ondas gigantes tornavam a travessia perigosa.
Diante dessa necessidade, nasceu o projeto de um túnel ferroviário subaquático que garantisse a conexão entre as duas ilhas durante todo o ano. Mas erguer quase 54 quilômetros de estrutura sob o mar não seria fácil.
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No litoral paulista, o túnel Santos–Guarujá será construído como parte de um projeto estratégico para melhorar a logística da Baixada Santista.
Embora menor que o Seikan, ele segue a mesma filosofia de engenharia avançada: conectar regiões separadas por corpos d’água, reduzir o tempo de deslocamento e otimizar o transporte de cargas e passageiros.
Assim como o túnel japonês, o Santos–Guarujá será uma obra estratégica, impactando a economia, o turismo e a mobilidade da região.
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Sua construção envolve desafios complexos, como escavações em solo úmido e cuidados com o meio ambiente, reforçando a importância de tecnologia e planejamento minucioso.
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A obra enfrentou desafios extremos: terrenos rochosos, infiltrações de água, atividade sísmica constante e a enorme pressão do oceano. Foram 17 anos de trabalho, entre 1971 e 1988, marcados por inovações que revolucionaram a engenharia subterrânea.
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Cada metro do Túnel de Seikan é resultado de precisão, paciência e esforço humano sobre-humano, consolidando o Japão como referência mundial em infraestrutura de transporte.
Cruzar o túnel é uma experiência única. Os trens de alta velocidade que o atravessam percorrem o estreito de Tsugaru em poucos minutos, enquanto o oceano passa silenciosamente sobre eles. Para muitos passageiros, o trajeto representa mais do que uma simples viagem — é uma imersão simbólica na história e na engenhosidade japonesa.
Mais do que o túnel subaquático mais longo do mundo, o Seikan é um símbolo da superação humana, um lembrete de que os maiores feitos da humanidade muitas vezes estão ocultos sob a superfície, desafiando o tempo e a natureza.
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