No lugar mais tranquilo do mundo, a paz virou regra e a violência quase não existe

Em um mundo marcado por conflitos, instabilidade política e aumento da violência em diversas regiões, um pequeno país europeu voltou a se destacar como símbolo de paz e segurança. A Islândia foi eleita, mais uma vez, o lugar mais tranquilo do mundo em 2025, segundo o Índice Global da Paz, divulgado em junho pelo Instituto para Economia e Paz (IEP).

O relatório, publicado anualmente, avalia centenas de países e territórios independentes a partir de indicadores como segurança social, conflitos internos e externos e nível de militarização. Apesar de especulações sobre possíveis mudanças no topo do ranking, a liderança permaneceu com a nação insular do Atlântico Norte, que quase gabaritou todos os critérios analisados.

Por que a Islândia lidera o ranking da paz

A posição de destaque da Islândia não é resultado de um único fator, mas da combinação de políticas públicas, cultura social e estabilidade institucional. Entre os principais motivos apontados pelo IEP estão:

Baixíssima criminalidade e ausência de forças armadas: a Islândia não possui Exército regular e registra índices mínimos de violência, além de manter um rígido controle sobre armas de fogo.

Alto nível de confiança social: a relação de confiança entre cidadãos e instituições fortalece a sensação de segurança e reduz tensões sociais.

Políticas de “paz positiva”: investimentos contínuos em igualdade de gênero, educação de qualidade e bem-estar social ajudam a prevenir conflitos antes que eles surjam.

Estabilidade econômica e social: acesso gratuito a serviços públicos essenciais e boas oportunidades de trabalho contribuem para o equilíbrio da sociedade.

Coesão social: com uma população pequena e altamente conectada, o senso de comunidade é um dos pilares da tranquilidade islandesa.

Um país pequeno, mas altamente estável

Localizada no Atlântico Norte, entre a Europa e a América do Norte, a Islândia tem pouco mais de 370 mil habitantes e baixa projeção midiática internacional. Ainda assim, tornou-se referência global quando o assunto é segurança, governança e qualidade de vida, mantendo-se no topo do Índice Global da Paz por vários anos consecutivos.

Especialistas destacam que o sucesso islandês está diretamente ligado à prevenção de desigualdades e à transparência institucional, fatores que reduzem drasticamente o risco de conflitos internos.

Nem tudo é perfeito: os desafios de viver no país mais tranquilo do mundo

Apesar do reconhecimento internacional, a Islândia também enfrenta desafios que impactam diretamente a vida de seus moradores. O alto custo de vida é uma das principais queixas, reflexo da localização isolada e da dependência de importações, o que encarece aluguéis e produtos básicos.

Outro fator é o clima rigoroso, com invernos longos, poucas horas de luz solar e temperaturas baixas, que podem afetar o bem-estar de quem não está acostumado. A infraestrutura de transporte, baseada principalmente em rodovias, limita as opções de deslocamento interno, e o mercado de trabalho, embora ofereça boas oportunidades, não atende a todos os perfis profissionais.

Um símbolo de paz em tempos instáveis

Embora não exista um único “lugar mais calmo do mundo” de forma absoluta, a Islândia segue sendo, de maneira consistente, o país mais pacífico e seguro do planeta, segundo o Índice Global da Paz. Em 2025, o país reforça sua posição como exemplo de que estabilidade, confiança social e políticas públicas bem estruturadas podem transformar uma nação em um refúgio de tranquilidade em meio a um cenário global cada vez mais turbulento.