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Segundo o comunicado oficial, ela foi reconhecida pelos seus 'esforços persistentes em favor da restauração pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela'
María Corina foi premiada pelos seus 'esforços persistentes em favor da restauração pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela' / Domínio Público/Divulgação
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A líder da oposição na Venezuela e perseguida pelo presidente Nicolás Maduro, María Corina Machado, ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2025. A informação foi anunciada pelo Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo, nesta sexta-feira (10). O prêmio totaliza cerca de 11 milhões de coroas suecas (R$ 6,2 milhões).
De acordo com o comunicado oficial, ela foi reconhecida por seus “esforços persistentes em favor da restauração pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela”.
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Na última terça-feira, 7, o trio de cientistas, composto por dois americanos e um japonês, foi reconhecido pelo Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2025 por descobrir como o sistema imunológico nos protege de milhares de micróbios diferentes que tentam invadir nossos corpos.
Vivendo escondida na Venezuela desde que passou a contestar o resultado das eleições presidenciais de julho de 2024, marcadas pela falta de transparência na reeleição do presidente Nicolás Maduro, Machado não é reconhecida internacionalmente como derrotada no pleito.
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Desde então, o regime de Maduro intensificou a repressão contra ela e outros nomes da oposição, impedindo-a de concorrer nas últimas eleições do país. Ainda assim, María Corina chegou a ser presa brevemente no ano passado.
Segundo o Comitê Norueguês, María Corina Machado pode ser considerada um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos anos.
Além disso, ela é responsável pela fundação do movimento Súmate, criado há mais de 20 anos, com o propósito de fiscalizar as eleições e promover o voto livre no país.
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Em decorrência de seu posicionamento, María nunca deixou de viver na Venezuela e se tornou um símbolo da resistência ao regime de Nicolás Maduro, enfrentando perseguições, bloqueios de candidatura e ameaças à própria vida.