A embarcação é o ativo principal da operação ordenada pelo presidente americano Donald Trump / Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos
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O USS Gerald R. Ford, considerado o maior porta-aviões do mundo, entrou nesta terça-feira (11) na área de operações da América Latina, conforme comunicado oficial da Marinha dos Estados Unidos. A embarcação é o ativo principal de um Grupo de Ataque que fará parte da operação ordenada pelo presidente americano Donald Trump no Caribe.
A presença militar no Atlântico é justificada como um esforço de combate ao narcotráfico na região. No entanto, na prática, ela se soma à já grande presença militar dos EUA e serve como um sinal de pressão contra o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, acendendo um alerta para a possibilidade de operações militares americanas em terra.
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O USS Gerald Ford é o mais moderno e tecnologicamente avançado dos EUA. Segundo a Marinha, este porta-aviões é considerado o maior, mais letal e adaptável do mundo, sendo capaz de abrigar até 90 caças e helicópteros.
A localização exata do navio não foi divulgada. Desde que cruzou o Estreito de Gibraltar, seu transponder foi desligado, o que é comum em operações militares sigilosas. A ideia é permanecer em "segredo" para evitar possíveis ataques.
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O professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin, afirmou ao g1 que a movimentação é um sinal claro de que Trump poderá acionar a força militar na região.
"O USS Gerald Ford é um dos maiores poderes de fogo navais que os Estados Unidos podem projetar. Seu envio é sinal inequívoco que os Estados Unidos estão dispostos a usar força militar muito além do que tem sido feito com os ataques a barcos e lanchas no Caribe."
A escalada de tensões entre EUA e Venezuela é alta. Em meio às acusações de que Maduro chefiaria o cartel de Los Soles, o presidente venezuelano estaria preparando o país para lutar em esquema de guerrilha caso uma invasão militar dos EUA por terra se concretize, segundo a agência Reuters.
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Uma fonte próxima ao governo venezuelano chegou a declarar à agência: "Não duraríamos duas horas em uma guerra convencional".
O governo Trump tem sugerido a possibilidade de operações terrestres e o próprio presidente afirmou, no início do mês, que achava que "os dias de Maduro na presidência da Venezuela estão contados".