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A descoberta envolve não apenas volume expressivo, mas também um conjunto de características geológicas e tecnológicas que colocam o projeto entre os mais complexos do mundo
O cinturão aurífero descoberto abriga mais de 1.000 toneladas de ouro potencialmente recuperável ao longo dos próximos anos / ImageFX
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Um novo depósito de ouro com mais de mil toneladas identificado no oeste da China está movimentando geólogos, economistas e analistas internacionais. A jazida, descrita como um grande cinturão aurífero, pode alterar a dinâmica global da mineração e reforçar ainda mais o papel estratégico do país no mercado desse metal.
A descoberta envolve não apenas volume expressivo, mas também um conjunto de características geológicas e tecnológicas que colocam o projeto entre os mais complexos do mundo.
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O cinturão aurífero descoberto abriga mais de 1.000 toneladas de ouro potencialmente recuperável ao longo dos próximos anos. Isso coloca o depósito entre os maiores já mapeados no planeta, integrando uma série de achados recentes que consolidam a China como potência na extração e no consumo do metal.
Ao contrário de minas tradicionais formadas por grandes blocos concentrados, o novo depósito é composto por veios dispersos ao longo de dezenas de quilômetros. Essa estrutura geológica exige mineração subterrânea avançada, alto investimento inicial e tecnologias de perfuração adequadas a áreas profundas.
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A jazida está em uma cadeia montanhosa de difícil acesso, em uma região autônoma no oeste do país. O clima rigoroso e o relevo acidentado tornam a operação ainda mais desafiadora.
Estudos apontam que:
o ouro está distribuído em veios de teores variáveis, o que exige exploração em larga escala;
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parte da mineralização está em grandes profundidades, típica de zonas tectônicas complexas;
o sistema geológico foi formado por processos intensos de pressão e calor, gerando depósitos de difícil extração.
Mesmo com teores relativamente baixos em alguns trechos, o tamanho colossal do cinturão torna a exploração economicamente atrativa.
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No cenário interno, o novo depósito fortalece a meta chinesa de:
ampliar suas reservas estratégicas de ouro;
reduzir dependência de importações;
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proteger a moeda em momentos de instabilidade global;
diversificar ativos do sistema financeiro.
Para o mercado internacional, a descoberta pode alterar gradualmente a oferta global de ouro. Países exportadores acompanham de perto o desenvolvimento da jazida, já que a China é hoje uma das principais produtoras, refinadoras e consumidoras do metal.
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A exploração em larga escala de ouro costuma exigir atenção redobrada com impactos ambientais — especialmente em regiões montanhosas e de baixa densidade populacional.
Entre os desafios previstos estão:
necessidade de planos rigorosos de contenção de rejeitos;
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controle no consumo de água e no uso de reagentes químicos;
monitoramento de barragens e áreas de escavação;
restauração ambiental após a atividade mineradora.
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Para isso, instituições de pesquisa e empresas envolvidas estão investindo em inovação aplicada à mineração profunda, incluindo:
perfuração automatizada;
monitoramento remoto por sensores;
processos de beneficiamento com menor uso de água;
certificações internacionais socioambientais.
Mais do que uma nova fonte de riqueza mineral, o depósito é visto como um laboratório real para integrar tecnologia de ponta, segurança operacional e sustentabilidade ambiental.
A descoberta reforça a posição da China como potência na mineração global e abre um capítulo importante na discussão sobre como explorar grandes reservas minerais com responsabilidade ambiental e eficiência tecnológica.