25 de Abril de 2024 • 05:34
Mundo
Em resposta, o ditador disse que as Forças Armadas do país seguem leais a ele, e convocou uma manifestação popular em apoio a seu governo.
Em fevereiro, manifestantes ateiam fogo em veículos nas ruas de Caracas. / Carlos Garcia Rawlins/Reuters/AB
Nesta quarta-feira (1º), a oposição da Venezuela convocou novos protestos contra o ditador Nicolás Maduro, no segundo dia de ações pra tentar retirá-lo do comando do país.
Na terça (30), houve confrontos em Caracas. O líder da oposição, Juan Guaidó, e o preso político Leopoldo López se dirigiram à base aérea de La Carlota e anunciaram uma ação contra Maduro, com apoio de militares dissidentes.
Em resposta, o ditador disse que as Forças Armadas do país seguem leais a ele, e convocou uma manifestação popular em apoio a seu governo.
López, que estava prisão domiciliar desde agosto de 2017, cumprindo pena de quase 14 anos por incitação à violência em protestos contra o governo, disse ter sido "liberado por militares à ordem da Constituição e do presidente Guaidó".
Os dois deixaram a base quando o local passou a ser alvo de bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB), alinhada ao regime Maduro.
Isso deu início a uma série de confrontos pelas ruas de Caracas entre os opositores e as forças leais a Maduro. Dezenas de pessoas ficaram feridas na ação e López acabou se refugiando com a família na embaixada do Chile em Caracas.
A situação teve repercussão internacional, com diversos líderes se manifestando a favor e contra o regime de Maduro.
O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, acusou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de ser uma "peça no xadrez de [Donald] Trump".
Já Bolsonaro afirmou que é "próxima de zero" de Brasil participar de ação armada na Venezuela.
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