Furacão Melissa coloca em risco os países por onde está passando / Pixabay/Pexels
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A Jamaica enfrenta um desastre de proporções históricas com a chegada do Furacão Melissa, que tocou nesta terça-feira (28) o solo da ilha caribenha classificado como uma tempestade catastrófica de Categoria 5, a máxima na Escala Saffir-Simpson.
O fenômeno climático não é apenas o mais intenso desta temporada, mas está sendo categorizado por meteorologistas e autoridades como o furacão mais forte a atingir a Jamaica desde o início dos registros formais, há 174 anos.
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Com ventos sustentados que ultrapassam os 250 km/h e picos que chegam a 300 km/h, o Melissa impôs um cenário de pânico e destruição. O primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, fez um alerta dramático, afirmando que "não há infraestrutura na região que resista a uma tempestade de Categoria 5", prevendo um desastre com lenta recuperação.
Os dados iniciais e as projeções demonstram a magnitude da crise. A previsão é de que a tempestade afete diretamente 1,5 milhão de pessoas na ilha. O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) alertou para uma maré de tempestade que pode elevar o nível do mar em até 4 metros acima do solo na costa sul.
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O risco de inundações repentinas e deslizamentos de terra na Jamaica é classificado como catastrófico. Mesmo em sua fase de aproximação, o sistema Melissa já havia causado pelo menos quatro mortes em outros países do Caribe (Haiti e República Dominicana).
Historicamente, a Jamaica sofreu com outros furacões severos. O Furacão Gilbert, em 1988, e o Furacão Ivan, em 2004, também alcançaram a Categoria 5 e causaram ampla destruição, sendo que o Ivan foi responsável por cerca de 17 mortes só na Jamaica, num total de 92 no Caribe.
Já o Furacão Sandy, ocorrido no ano de 2012, apesar de ser de categoria menor, também impactou o país e contribuiu para um saldo de mais de 147 mortes em sua rota pela região.
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Contudo, a velocidade e a intensidade com que Melissa se abateu sobre o país superam esses precedentes. A tempestade atual, com ventos recordes registrados na ilha, coloca a Jamaica diante de seu maior desafio humanitário e de recuperação na história moderna, servindo como um duro lembrete das vulnerabilidades climáticas enfrentadas pelas pequenas nações insulares.