19 de Março de 2024 • 03:32
Reprodução/Internet
Após ouvir sua condenação por abuso sexual e estupro nesta segunda-feira (24), Harvey Weinstein reclamou de dores no peito e demonstrou sinais de pressão alta, segundo seus advogados, de acordo com o New York Times.
Ele deixou o tribunal de ambulância e foi levado para o Centro Hospital Bellevue, em Nova York. De lá, foi encaminhado para uma enfermaria em Rikers Island, onde fica o principal complexo penal de Nova York.
O ex-produtor de cinema teve seu julgamento encerrado nesta segunda após dois meses. Ele foi condenado em duas das quatro acusações, mas se livrou da prisão perpétua ao ser inocentado por comportamento sexual predatório -quando o acusado comete em série crimes sexuais com diferentes mulheres.
Antes de ir para a instituição médica, Weinstein saiu da sala da audiência algemado. Seus advogados afirmaram que o ex-produtor deixou o tribunal em uma ambulância por volta de 16h30 no horário local (18h30 no horário de Brasília) e foi levado a uma enfermaria.
Sua advogada principal, Donna Rotunno, disse que ele estava bem, mas não iria falar mais sobre a condição do ex-produtor, segundo o New York Times.
A Justiça determinou que Weinstein deve aguardar na cadeia por sua pena, prevista para ser anunciada em 11 de março. A sentença pode ir de 5 a 25 anos de prisão. De acordo com relatos da imprensa americana, Weinstein não demonstrou muita emoções durante o julgamento e repetiu três vezes ser inocente a seus advogados. O júri que o julgou era formado por sete homens e cinco mulheres.
O ex-produtor foi o estopim do movimento #MeToo, em que mulheres relataram casos em que foram vítimas de abusos sexuais em Hollywood. Apesar de dezenas de atrizes, assistentes administrativas e outras mulheres o terem denunciado denunciaram, apenas o caso de duas delas foi a julgamento.
Jessica Mann o acusou de estuprá-la num hotel em 2013, enquanto Miriam Haley o denunciou por ter praticado sexo oral nela à força em 2006. Os dois depoimentos levaram às acusações de abuso sexual, estupro e comportamento sexual predatório, pela qual ele era duplamente acusado.
Ao todo, seis mulheres testemunharam e contaram sobre episódios de assédio envolvendo o ex-produtor.
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