O avanço acelerado do comércio eletrônico e a redução do fluxo nas lojas físicas impactaram diretamente o modelo de negócios / ImageFX
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A varejista americana Joann, um dos nomes mais tradicionais do setor de tecidos e artesanato, anunciou o encerramento definitivo de suas atividades após não conseguir superar uma grave crise financeira.
Com mais de 80 anos de história, a empresa se tornou um ícone para gerações de consumidores, mas acabou sucumbindo às transformações do mercado.
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Reconhecida em todo os Estados Unidos por sua ampla oferta de produtos para costura, trabalhos manuais e decoração, a Joann enfrentou dificuldades para acompanhar as mudanças no comportamento do consumidor.
O avanço acelerado do comércio eletrônico e a redução do fluxo nas lojas físicas impactaram diretamente o modelo de negócios da companhia.
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Segundo informações divulgadas pelo jornal USA Today, a empresa entrou com um novo pedido de recuperação judicial com base no Capítulo 11 da legislação americana, o segundo em menos de um ano. Apesar da tentativa de reorganizar suas finanças e renegociar dívidas, a instabilidade se mostrou irreversível.
Como consequência, a Joann confirmou o fechamento de mais de 800 lojas até o fim de maio. Apenas alguns meses antes, em fevereiro, a rede já havia anunciado o encerramento de aproximadamente 500 unidades, sinalizando a profundidade da crise enfrentada.
Criada em Hudson, no estado de Ohio, a Joann construiu uma trajetória sólida e se transformou em uma das maiores redes do segmento no país.
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Seu portfólio incluía tecidos, fios, aviamentos, materiais escolares e itens voltados a projetos criativos e decoração.
Dica do editor: Empresa amada pelos brasileiros está de volta ao país depois de 10 anos falida.
Durante décadas, a marca foi referência para costureiras, artesãos, educadores e entusiastas do “faça você mesmo”, ocupando um papel importante na cultura doméstica e criativa americana.
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No entanto, o legado não foi suficiente para compensar a dificuldade de adaptação ao novo cenário do varejo.
A preferência crescente por compras online, serviços digitais e experiências personalizadas afastou consumidores das lojas físicas, tornando o modelo tradicional cada vez menos viável. Com isso, manter uma operação extensa deixou de ser sustentável.
O fim da Joann simboliza não apenas o encerramento de uma marca histórica, mas também o impacto profundo que a revolução digital tem causado em empresas tradicionais que não conseguiram se reinventar a tempo.
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