Caso o nosso corpo não consiga eliminá-lo, o fungo começa a crescer de dentro para fora e acaba nos consumindo / Pexels
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Um grupo de pesquisa da Universidade de Manchester, na Inglaterra, utilizou softwares avançados para mapear a programação genética do fungo Aspergillus — e o resultado foi preocupante.
Esse microrganismo é o principal responsável pela aspergilose, uma infecção que pode ser fatal em humanos, especialmente por afetar diretamente os pulmões.
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A partir das simulações, os pesquisadores descobriram que algumas espécies desse fungo poderão se expandir para novas regiões do mundo, incluindo América do Norte, Europa, Rússia e China, devido a mudanças ambientais.
O alerta reacende a discussão sobre ameaças fúngicas à saúde humana, tema que ganhou destaque popular com a série The Last of Us, que retrata uma pandemia causada por um fungo.
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Resumidamente, os fungos do gênero Aspergillus se espalham em forma de filamentos por diversas regiões do planeta.
Assim como no seriado e no jogo The Last of Us, eles liberam esporos no ambiente — e é justamente essa característica que os torna perigosos.
Para pessoas com problemas respiratórios ou com o sistema imunológico enfraquecido, a exposição pode causar a aspergilose, uma infecção potencialmente fatal.
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Caso o nosso corpo não consiga eliminá-lo, o fungo começa a crescer de dentro para fora e acaba nos consumindo.
Por ser difícil de diagnosticar — já que os sintomas se assemelham aos de outras enfermidades —, a taxa de mortalidade da aspergilose é alta e ainda mais preocupante. De acordo com dados divulgados por autoridades de saúde, a doença mata em 40% dos casos.
Originalmente, os fungos da espécie Aspergillus preferiam colonizar regiões tropicais do planeta. No entanto, devido às mudanças climáticas globais, eles têm se espalhado para áreas antes incomuns, como o norte da China e a Rússia.
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Sua propagação pode crescer 77,5% até 2100, segundo o estudo, potencialmente expondo nove milhões de pessoas na Europa.
A situação não é nada animadora em nenhum cenário. Veja também o caso de fungos podem usar humanos de 'casa' e te invadir com facilidade.
Se a previsão alarmante estiver correta, até 2100 — ou seja, em 75 anos — a propagação do fungo poderá alcançar 77,5% do território europeu. Com isso, segundo o estudo conduzido pela Universidade de Manchester, cerca de nove milhões de pessoas poderão ser impactadas no continente.
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