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Fim da humanidade já tem data marcada, alertam especialistas

Projeção sugere declínio acelerado da população global, enquanto especialistas defendem cautela devido ao período atípico analisado

Ana Clara Durazzo

Publicado em 28/11/2025 às 11:00

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O estudo afirma ainda que, em 2284, não haveria mais pessoas com menos de 20 anos no planeta / ImageFX

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Um levantamento da Associação de Centros de População acendeu o debate internacional ao sugerir que a humanidade pode desaparecer em 314 anos. Segundo o estudo, com base em dados populacionais coletados entre 2019 e 2024, a população global entraria em declínio irreversível a partir de 2039, chegando a extinção completa em 2339.

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A projeção se apoia principalmente em dois fatores: a taxa de mortalidade global, que permaneceu relativamente estável, e a fertilidade, que apresentou queda de 7,5% no período analisado. Com isso, demógrafos estimam que o crescimento atual — dos atuais 8,1 bilhões para 8,5 bilhões em 2039 — seria seguido por uma retração drástica:

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1,55 a 1,81 bilhão em 2139

4,95 a 5,84 milhões em 2239

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Zero habitantes em 2339

O estudo afirma ainda que, em 2284, não haveria mais pessoas com menos de 20 anos no planeta, e 90,1% da população teria mais de 65 anos, um cenário inédito de envelhecimento extremo.

Especialistas pedem cautela

Apesar da repercussão, pesquisadores defendem cautela ao interpretar os resultados. O próprio artigo destaca que a análise se baseia em apenas cinco anos de dados, um intervalo considerado insuficiente para estabelecer tendências demográficas de longo prazo.

Além disso, o período estudado inclui a pandemia de covid-19, evento global que alterou profundamente padrões de mortalidade, natalidade e migração. O impacto atípico desses anos pode distorcer projeções que exigem séries históricas mais longas para maior precisão.

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Demógrafos lembram que fertilidade e mortalidade são influenciadas por fatores econômicos, sociais e tecnológicos, e que mudanças políticas, avanços médicos e crises globais podem alterar cenários de forma imprevisível ao longo do tempo.

ONU projeta crescimento até 2080, seguido de leve queda

Em contraste com o estudo, as projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram um panorama bem menos alarmista. Segundo a entidade, a população global deve atingir 10,3 bilhões na década de 2080 antes de iniciar uma queda moderada, chegando a 10,2 bilhões em 2100.

A ONU destaca que:

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63 países já atingiram seu pico populacional;

48 nações, incluindo o Brasil, devem atingir o máximo em cerca de 30 anos;

126 países, como Índia e Estados Unidos, devem alcançar o pico mais tarde;

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algumas regiões, como Guiné-Bissau e Moçambique, devem continuar crescendo ao longo de todo o século.

Diferentemente do cenário de colapso total, a ONU projeta um declínio gradual, típico de sociedades que passam por transições demográficas, com queda da fertilidade, envelhecimento e estabilização populacional.

A importância da discussão

Embora controversa, a projeção levanta debates relevantes sobre:

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o envelhecimento global acelerado,

a queda das taxas de natalidade,

o impacto da desigualdade,

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e o papel de políticas públicas para garantir sustentabilidade econômica e social.

Demógrafos ressaltam que projeções extremas podem não se concretizar, mas ajudam a chamar atenção para desafios reais que já afetam diversas regiões.

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