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Fenômeno será um dos mais marcantes do século e pode movimentar centenas de milhares de turistas, exigindo planos de segurança, mobilidade e estruturas especiais
O fenômeno é o primeiro de uma tríade de eclipses que ocorrerão no país entre 2026 e 2028, colocando a Espanha no centro do mapa da astronomia mundial / ImageFX
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Quando a sombra da Lua atravessar a Espanha em 12 de agosto de 2026, o país deve viver um dos momentos mais impressionantes de sua história recente e não apenas no céu.
O eclipse solar total, considerado por especialistas como um dos eventos astronômicos mais impactantes do século, promete transformar cidades inteiras em palco de comoção nacional, em um clima comparado por muitos à final de uma Copa do Mundo.
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O fenômeno é o primeiro de uma tríade de eclipses que ocorrerão no país entre 2026 e 2028, colocando a Espanha no centro do mapa da astronomia mundial por dois anos consecutivos.
Mas, para receber a avalanche de turistas, pesquisadores, fotógrafos e curiosos que devem desembarcar por lá, o governo já deu a ordem: é preciso se preparar — e rápido.
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As comunidades autônomas — equivalentes aos estados brasileiros — foram orientadas a montar planos imediatos de infraestrutura, mobilidade e segurança. A estimativa é que o público possa ultrapassar facilmente as centenas de milhares, dependendo das condições climáticas e da visibilidade.
E não basta torcer por um céu limpo: é preciso garantir que todos consigam chegar aos melhores pontos de observação sem colapsar o sistema viário.
Autoridades já trabalham na identificação de áreas ideais que combinem acesso seguro, boa visibilidade e capacidade de receber grandes volumes de pessoas.
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Mirantes, parques naturais, áreas rurais e regiões montanhosas devem ganhar estruturas especiais para evitar aglomerações perigosas, sobretudo em trechos onde o fluxo turístico costuma ser imprevisível — incluindo algumas zonas costeiras.
A faixa de totalidade — faixa estreita onde o Sol desaparece completamente atrás da Lua — cortará regiões como:
Astúrias
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Cantábria
La Rioja
Cada comunidade autônoma deverá montar sua própria estratégia, levando em conta clima, densidade populacional, malha viária, oferta de hospedagem e possíveis rotas alternativas.
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O governo central coordena o processo, mas afirma que os municípios conhecem melhor seus territórios e são responsáveis por definir pontos de observação, áreas de estacionamento e planos de emergência.
Entre as maiores preocupações estão trânsito, falta de estacionamento, congestionamentos extremos e controle de multidões. Casos semelhantes já foram registrados em outros países durante eclipses recentes, quando estradas ficaram bloqueadas por horas e pequenas cidades ficaram completamente sobrecarregadas.
Para evitar esse cenário, estudos de mobilidade já estão em andamento. A ideia é espalhar o público entre diferentes locais, evitar concentração excessiva em cidades menores e montar protocolos rápidos de atendimento médico e segurança rural.
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Além dos desafios logísticos, o eclipse desperta entusiasmo entre universidades, observatórios e instituições científicas. A Espanha já prepara:
mapas interativos com as melhores áreas de observação;
simuladores do fenômeno;
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eventos educativos;
campanhas de conscientização sobre segurança ocular;
materiais de divulgação científica para escolas e turistas.
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Especialistas acreditam que o fenômeno pode servir como porta de entrada para novos entusiastas da astronomia, além de impulsionar a pesquisa científica na Europa.
Com céu escuro ao meio-dia, milhares de câmeras apontadas para o firmamento e um planejamento nacional digno de megaevento esportivo, o eclipse de 2026 promete entrar para a história — tanto pela beleza quanto pelo desafio que impõe à Espanha.