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Ex-prefeito de NY oficializa pré-candidatura à Presidência dos EUA

Agora, com Bloomberg, são 18 os postulantes a impedir a reeleição de Donald Trump

Folhapress

Publicado em 25/11/2019 às 11:45

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Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York / Reuters

Michael Bloomberg, ex-prefeito da cidade de Nova York entre 2002 e 2013, entrou oficialmente na corrida presidencial dos Estados Unidos neste domingo (24), acrescentando mais uma voz ao já inflado grupo de candidatos democratas à Casa Branca.

Agora, com Bloomberg, são 18 os postulantes a impedir a reeleição de Donald Trump.

A medida é uma reviravolta para o bilionário Bloomberg, 77, que em março deste ano negou que participaria da disputa pela Presidência do país.

"Estou concorrendo à Presidência para derrotar Donald Trump e reconstruir a América. Não podemos permitir mais quatro anos de ações imprudentes e antiéticas do presidente Trump", afirmou ele em um comunicado.

"Representa uma ameaça existencial ao nosso país e aos nossos valores. Se vencer novamente, podemos nunca mais nos recuperar dos danos."

Com fortuna pessoal estimada em cerca de US$ 50 bilhões (R$ 210 bilhões), Bloomberg, que já foi republicano, ingressa em uma disputa que tem como líderes o ex-vice-presidente Joe Biden, os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren e o prefeito de South Bend, uma pequena cidade no estado de Indiana, Pete Buttigieg.

O início tardio da pré-candidatura poderá deixá-lo em desvantagem. Seus rivais montam equipes há meses, muito antes da realização das prévias pela indicação democrata.

Bloomberg planeja seguir uma estratégia pouco ortodoxa, pulando as disputas em estados como Iowa e New Hampshire em fevereiro e se concentrando nas votações de março, com maior número de delegados em disputa. Nenhum pré-candidato que conquistou a indicação final jamais seguiu plano semelhante.

O anúncio do empresário lança um desafio tanto à retórica de pré-candidatos mais à esquerda no Partido Democrata quanto aos que ocupam o espaço dos moderados.

Ele criticou a cruzada anti-Wall Street de Warren e seu plano de taxar ricos para pagar programas de assistência médica e educação e foi bombardeado por Sanders, para quem Bloomberg quer "comprar uma eleição".

A declaração de deve ao ataque de anúncios na televisão, pelos quais o bilionário gastou ao menos US$ 30 milhões. Os comerciais biográficos de 60 segundos serão exibidos em mais de 20 estados dos EUA a partir desta segunda (25).

Bloomberg prometeu gastar ao menos US$ 150 milhões de sua fortuna na campanha para 2020. Desse montante, investirá US$ 100 milhões em anúncios contra Trump na internet.

A compra de anúncios é maior do que a de todos os seus potenciais rivais, inclusive a do também bilionário Tom Steyer. É quase o dobro do que o senador Cory Booker levantou em doações de fevereiro até o final de setembro.

Seu perfil moderado pode ser atraente aos eleitores que buscam um nome menos à esquerda entre os democratas e que veem posições mais liberais na economia como uma forma de atrair indecisos em meio à polarização.

Assim, o executivo competirá com Biden e Buttigieg para se tornar essa alternativa.

Por outro lado, Bloomberg ganhou aliados no partido com seu combate às mudanças climáticas e à violência armada, despejando milhões de dólares em grupos que pressionam pela restrição de armas.

Howard Wolfson, assessor do ex-prefeito de Nova York, já disse que o candidato não aceitará doações para sua campanha e também prometeu que, caso eleito, Bloomberg abdicará do salário de presidente.

À frente da prefeitura, o democrata ficou conhecido por apoiar ações policias de parar e revistar pessoas nas ruas, que afetavam, principalmente, negros.

Durante sua gestão, Nova York passou por um de seus momentos mais sensíveis, os atentados de 11 de setembro. Bloomberg foi responsável por revitalizar a cidade nos anos que se seguiram.

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