A disputa entre as potências reflete o novo cenário da robótica / Reprodução/YouTube
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Os Estados Unidos deram um passo ousado na corrida tecnológica contra a China. A empresa americana Figure AI, especializada em robótica, anunciou que pretende produzir até 100 mil robôs humanoides nos próximos quatro anos. O objetivo é colocá-los em operação em ambientes domésticos e comerciais.
Segundo o CEO da empresa, Brett Adcock, o projeto será viabilizado por meio de uma parceria com “uma das maiores companhias dos Estados Unidos”, cujo nome ainda não foi revelado.
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A expectativa é que o acordo acelere a fabricação em larga escala e reduza custos, além de permitir a coleta de dados para aprimorar os sistemas de inteligência artificial.
O anúncio ocorre no momento em que a empresa chinesa Zhiyuan Robotics já iniciou a produção de humanoides com a meta de colocar 1.000 unidades nas ruas até o fim do ano.
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A disputa entre as potências reflete o novo cenário da robótica, em que os robôs já não estão restritos à ficção científica — e começam a entrar nas casas e empresas.
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A Figure AI já tinha fechado uma parceria com a montadora alemã BMW e agora quer ampliar sua atuação com foco em duas frentes: logística e manufatura, de um lado, e tarefas residenciais, de outro.
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“Nossa estratégia é trabalhar com poucos clientes no início. Crescer verticalmente com alguns parceiros é mais eficiente do que se dispersar”, afirmou Adcock em postagem no LinkedIn.
Entre as possíveis aplicações dos robôs estão mudanças residenciais, tarefas de cuidado com a saúde e atividades industriais repetitivas.
Fundada há menos de três anos, a Figure AI já lançou duas versões de seu robô: a Figure 01, apresentada em janeiro de 2024, e a Figure 02, com desempenho muito superior. A nova versão se locomove a 1,2 metro por segundo (3,68 km/h) — sete vezes mais rápido que a primeira geração.
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A tecnologia é baseada em redes neurais treinadas com inteligência artificial. “Começamos a aplicar uma IA de ponta a ponta nos casos de uso dos clientes. É impossível programar manualmente tudo o que o robô precisa fazer. A IA é o único caminho”, afirmou o CEO.
A empresa também já trabalha na terceira versão dos robôs, que está em fase de testes no laboratório.