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Este rio mortal da Amazônia é tão fervente que cozinha animais vivos a quase 100°C

Rio Shanay-timpishka exibe temperaturas extremas devido a fenômeno geológico único, servindo de alerta sobre aquecimento e biodiversidade

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 01/11/2025 às 19:30

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Rio Shanay-timpishka, conhecido como "fervido calor do sol", atinge temperaturas que podem chegar a 100 °C / Reprodução/Wikipedia

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No Peru, o rio Shanay-timpishka, conhecido como “fervido calor do sol”, atinge temperaturas que podem chegar a 100 °C, capazes de cozinhar animais vivos que caem em suas águas.

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Diferentemente do que o nome sugere, o aquecimento não é provocado pelo sol, mas sim por falhas geológicas que permitem a emergência de águas subterrâneas extremamente quentes vindas das profundezas da Terra.

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O geocientista Andrés Ruzo registrou temperaturas próximas ao ponto de ebulição e alerta: o simples contato com o rio provoca queimaduras graves.

Animais que entram na água morrem rapidamente, já que o calor extremo cozinha os tecidos antes que consigam escapar.

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Impactos na fauna e na flora

Pesquisas realizadas em 2024 instalaram 13 sensores ao longo do rio, registrando temperaturas do ar entre 24 °C e 45 °C.

O estudo revelou que quanto mais quente a área, menor é a diversidade de plantas, enquanto espécies resistentes ao calor se tornam predominantes.

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A vegetação próxima ao rio apresenta sinais de estresse térmico e ressecamento, mesmo em um ambiente tipicamente úmido da Amazônia.

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Um laboratório natural para estudar aquecimento

Cientistas utilizam o Shanay-timpishka como modelo natural para entender os efeitos do aquecimento global sobre florestas tropicais, estudando como temperaturas extremas afetam a biodiversidade e a adaptação das espécies.

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Além do valor científico, o rio é considerado sagrado por comunidades locais, simbolizando a importância de preservar a Amazônia para evitar impactos climáticos globais.

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