Rio Shanay-timpishka, conhecido como "fervido calor do sol", atinge temperaturas que podem chegar a 100 °C / Reprodução/Wikipedia
Continua depois da publicidade
No Peru, o rio Shanay-timpishka, conhecido como “fervido calor do sol”, atinge temperaturas que podem chegar a 100 °C, capazes de cozinhar animais vivos que caem em suas águas.
Diferentemente do que o nome sugere, o aquecimento não é provocado pelo sol, mas sim por falhas geológicas que permitem a emergência de águas subterrâneas extremamente quentes vindas das profundezas da Terra.
Continua depois da publicidade
O geocientista Andrés Ruzo registrou temperaturas próximas ao ponto de ebulição e alerta: o simples contato com o rio provoca queimaduras graves.
Animais que entram na água morrem rapidamente, já que o calor extremo cozinha os tecidos antes que consigam escapar.
Continua depois da publicidade
Veja também: Conheça o vulcão mais antigo do mundo, que fica no coração do Brasil
Pesquisas realizadas em 2024 instalaram 13 sensores ao longo do rio, registrando temperaturas do ar entre 24 °C e 45 °C.
O estudo revelou que quanto mais quente a área, menor é a diversidade de plantas, enquanto espécies resistentes ao calor se tornam predominantes.
Continua depois da publicidade
A vegetação próxima ao rio apresenta sinais de estresse térmico e ressecamento, mesmo em um ambiente tipicamente úmido da Amazônia.
Veja também: Conheça destinos termais no interior de SP perfeitos para se aquecer no inverno
Cientistas utilizam o Shanay-timpishka como modelo natural para entender os efeitos do aquecimento global sobre florestas tropicais, estudando como temperaturas extremas afetam a biodiversidade e a adaptação das espécies.
Continua depois da publicidade
Além do valor científico, o rio é considerado sagrado por comunidades locais, simbolizando a importância de preservar a Amazônia para evitar impactos climáticos globais.