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Espécie de baleia ameaçada corre risco de extinção devido a ação petroleira

Além das ameaças diretas das atividades petrolíferas, a espécie também sofre com o ruído subaquático, detritos marinhos e mudanças climáticas

Ana Clara Durazzo

Publicado em 30/05/2025 às 15:45

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A baleia-de-Rice foi reconhecida como uma espécie distinta em 2021, após estudos genéticos e morfológicos diferenciarem-na da baleia-de-Bryde / Reprodução/NOAA

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A baleia-de-Rice (Balaenoptera ricei), uma das espécies de baleias mais ameaçadas do mundo, enfrenta riscos crescentes devido às atividades de petróleo e gás no Golfo do México. Com uma população estimada em apenas 51 indivíduos, esses cetáceos são particularmente vulneráveis a colisões com embarcações e aos impactos de derramamentos de óleo.

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Recentemente, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) emitiu um parecer biológico destacando que as operações de petróleo e gás na região podem comprometer a sobrevivência da espécie.

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O documento propõe novas regras, incluindo o uso de tecnologias para evitar colisões, estimando que, sem essas medidas, até nove baleias-de-Rice poderiam ser gravemente feridas ou mortas nas próximas décadas.

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A baleia-de-Rice foi reconhecida como uma espécie distinta em 2021, após estudos genéticos e morfológicos diferenciarem-na da baleia-de-Bryde. Esses animais habitam exclusivamente o Golfo do México, principalmente em profundidades entre 100 e 400 metros.

Além das ameaças diretas das atividades petrolíferas, a espécie também sofre com o ruído subaquático, detritos marinhos e mudanças climáticas.

Organizações ambientais criticam o parecer da NOAA, alegando que ele subestima os riscos de novos derramamentos e não oferece proteção adequada à baleia-de-Rice e a outras espécies marinhas.

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A situação é agravada pelo histórico de desastres ambientais na região, como o derramamento da plataforma Deepwater Horizon em 2010, que teve impactos duradouros na fauna marinha.

A conservação da baleia-de-Rice exige ações coordenadas e eficazes para mitigar os impactos das atividades humanas em seu habitat. Sem medidas urgentes, essa espécie única corre o risco de desaparecer para sempre.
 

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