Especialistas confirmam 1º caso de parasita comedor de tecidos vivos e ligam alerta

O primeiro caso humano de infecção causada pela mosca parasita New World screwworm (Cochliomyia hominivorax) foi oficialmente confirmado nos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos norte-americano.

O inseto é conhecido por se alimentar de tecidos vivos de animais de sangue quente.

A notícia foi publicada em 4 de agosto, após uma grande investigação conduzida pelas autoridades. O paciente havia retornado de uma viagem a El Salvador. Inicialmente, chegou a ser cogitada a possibilidade de que ele tivesse visitado a Guatemala.

Futuro

Até o momento, nenhum outro caso foi identificado em animais ou seres humanos. A chegada do parasita preocupa o setor pecuário e também autoridades de saúde pública.

Especialistas explicam que a mosca parasita se espalhou pela América Central, vinda de países da própria região.

Para tentar frear possíveis danos, os Estados Unidos decidiram suspender a importação de gado por navios. Outras medidas preventivas também serão adotadas.

O principal estado afetado com essa ameaça é o Texas, maior produtor de carne do país. O impacto econômico estimado é de aproximadamente US$ 1,8 bilhão.

O cálculo já considera possíveis mortes de animais, despesas com tratamentos veterinários e custos de mão de obra.

Veja também que um Lago tem indício de infestação de ameba mortal e tem caso confirmado.    

Parasita

Resumidamente, o parasita é conhecido em português como verme-parafuso do Novo Mundo e trata-se de uma mosca.

Seu ciclo começa quando as fêmeas depositam ovos em ferimentos de animais de sangue quente, como vacas e ovelhas. Logo após a eclosão, centenas de larvas passam a devorar e perfurar a carne viva.

Um tratamento inadequado ou tardio pode levar o hospedeiro a uma morte lenta e dolorosa.

Apesar de raramente atingir humanos, a infestação também pode ser fatal.