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Denúncia exclusiva de jornal americano expõe possíveis usos irregulares de serviços públicos especiais para fins próprios
Vice-presidente americano ordenou aumento de nível de água do rio Ohio para passeio em família / IA/ChatGPT
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O gigante jornal americano The Guardian parou o país ao trazer uma notícia inédita sobre o vice-presidente do país, JD Vance: através da sua equipe ele teria pedido que o nível das águas do rio Ohio fosse aumentado para que ele pudesse viajar com seus familiares, o que é proibido.
Membros da equipe de Vance, segundo o The Guardian, teriam pedido para que engenheiros do exército americano mudassem o fluxo de água de um lago em Ohio para que ele pudesse fazer um passeio em família com seu barco particular.
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A grande questão aí é: o governo Trump acaba de cortar bilhões de dólares em pesquisa científica, ajuda externa e empregos governamentais como parte de um plano de "eficiência" econômica, e seu vice-presidente estaria usando recursos de infraestrutura pública para seus momentos de recreação em família.
O Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA (USACE) justificou ao jornal que a solicitação do Serviço Secreto de Vance foi de "apoiar a navegação segura" da equipe de segurança do vice-presidente dos EUA para um passeio em agosto no Rio Little Miami".
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Informações obtidas pelo veículo de imprensa mostram que em 2 de agosto o vice-presidente foi visto andando de canoa no rio onde houve o remanejamento das águas, juntamente com familiares e amigos próximos.
Dados disponíveis publicamente do Serviço Geológico dos EUA (USGS) mostram um aumento repentino no nível do rio Ohio e uma queda correspondente na elevação do lago Caesar Creek durante os primeiros dias de agosto, quando Vance estava de férias. Coincidência?
O USACE pode fazer essa espécie de "manobra" das águas apenas em situações de interesse da segurança comunitária, como por exemplo em eventos climáticos desfavoráveis e com risco de inundações pela alta do rio ou em casos de treinamento de equipes de emergência no mar, mas tudo documentado e assinado com as devidas justificativas.
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O advogado de ética Richard Painter disse que um serviço público para fins específicos não pode ser usado para beneficiar família de político algum, ainda mais com Trump destruindo os investimentos em infraestrutura e operacional dos Parques Públicos americanos.
O gabinete do vice-presidente ainda não tinha se manifestado ao The Guardian até o fechamento desse texto.