A proposta vai além da simples gestação / Reprodução/Weibo
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A empresa chinesa Kaiwa Technology revelou estar desenvolvendo um robô projetado para realizar uma gestação artificial do início ao fim. Segundo a companhia, o protótipo poderá chegar ao mercado em 2026, com preço estimado em cerca de R$ 73 mil, e promete fornecer todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do feto.
A proposta vai além da simples gestação: o sistema teria capacidade de fertilizar e carregar células de óvulos, simulando o processo biológico de uma gravidez natural.
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O feto receberia nutrientes por meio de tubos conectados ao equipamento, que funcionariam de maneira semelhante ao cordão umbilical humano, garantindo condições para o crescimento até o parto.
Embora o anúncio seja visto como um marco tecnológico, a iniciativa despertou fortes debates na China. Críticos destacam questões éticas relacionadas ao uso de óvulos e à ausência do vínculo materno durante a gestação.
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Já os defensores acreditam que a inovação pode abrir novas possibilidades para casais inférteis ou para mulheres que desejam evitar os desgastes físicos da gravidez.
O cenário é ainda mais relevante em um país onde os índices de infertilidade vêm crescendo. Entre 2007 e 2020, a taxa saltou de 11,9% para 18%, segundo especialistas.
Diante desse aumento, governos locais já passaram a incluir tratamentos como fertilização in vitro na cobertura de planos de saúde públicos, medida que pode ser ampliada caso a nova tecnologia se confirme viável.
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O projeto é liderado pelo Dr. Zhang, PhD pela Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, que afirma que a tecnologia já atingiu um estágio considerado maduro e agora precisa ser aplicada ao robô em escala real.
Segundo ele, a equipe também iniciou discussões regulatórias com autoridades da Província de Guangdong, apresentando propostas e participando de fóruns sobre políticas e legislação relacionadas ao tema.
A iniciativa da Kaiwa Technology se inspira em pesquisas anteriores com úteros artificiais, como os "biobags", que conseguiram manter cordeiros prematuros vivos por semanas em bolsas plásticas com líquido amniótico e suprimento de nutrientes.
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A expectativa da empresa é que o novo protótipo amplie as alternativas de reprodução assistida e ofereça uma solução inédita para famílias que enfrentam dificuldades para ter filhos.