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O fenômeno será visível principalmente sobre o Oceano Atlântico, com pontos de observação privilegiados em partes da América do Sul e da África Ocidental
De acordo com cálculos da NASA, o eclipse terá uma duração impressionante de 7 minutos e 29 segundos durante sua fase de totalidade / Divulgação/Nasa
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Um dos eventos astronômicos mais aguardados da história já tem data marcada: em 16 de julho de 2186, o mundo assistirá ao eclipse solar total mais longo dos últimos 10 mil anos. Embora ainda faltem mais de 150 anos, a expectativa entre cientistas, astrônomos e entusiastas do céu só cresce.
No dia 21 de junho, o solstício de inverno aconteceu, por volta das 17h42 (horário de Brasília).
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De acordo com cálculos da NASA, o eclipse terá uma duração impressionante de 7 minutos e 29 segundos durante sua fase de totalidade, superando com folga o recorde atual de 6 minutos e 39 segundos, registrado em 22 de julho de 2009.
A ocorrência de um eclipse tão longo depende de uma combinação rara de condições astronômicas que, naquela data, estarão perfeitamente alinhadas.
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Entre os fatores que explicam a excepcional duração estão a posição da Terra e da Lua em suas órbitas. O planeta estará em seu afélio, o ponto mais distante do Sol, fazendo com que o disco solar pareça menor visto da Terra.
Ao mesmo tempo, a Lua estará no perigeu, o ponto mais próximo de seu trajeto orbital, o que a fará parecer maior no céu. Além disso, a trajetória do eclipse passará por regiões próximas ao equador, onde a geometria orbital e a curvatura da Terra favorecem eclipses mais longos.
O fenômeno será visível principalmente sobre o Oceano Atlântico, com pontos de observação privilegiados em partes da América do Sul e da África Ocidental.
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No Brasil, a região Norte estará entre as áreas contempladas, assim como a Guiana Francesa, algumas ilhas do Caribe e países africanos como Gana e Togo.
Para os moradores e visitantes dessas regiões, o eclipse trará minutos de escuridão em plena luz do dia, criando uma experiência única que, por muitas gerações, só será lembrada em livros de história e estudos científicos.
Mesmo que ninguém vivo hoje esteja presente para presenciar o fenômeno, a comunidade científica já está se preparando.
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Observatórios das Américas, Europa e África começam a desenvolver estratégias para o monitoramento do evento, com a expectativa de que, até lá, tecnologias mais avançadas permitam registros inéditos.
A contagem regressiva, lenta mas constante, já começou. Em pouco mais de um século e meio, o céu voltará a surpreender a humanidade com um espetáculo de magnitude rara: a noite mais longa em pleno dia, um marco que promete reforçar nossa conexão com o universo.