O tambaqui é um dos peixes mais tradicionais da culinária amazônica / Divulgação/PMT
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O tambaqui, um dos peixes mais tradicionais da culinária amazônica, conquistou um espaço que poucos brasileiros imaginam: as gigantescas fazendas de aquicultura da China. Conhecido pela carne saborosa e pela resistência, o peixe nativo da Bacia Amazônica tornou-se o protagonista de sistemas intensivos de produção no continente asiático, onde o foco é a escala industrial e a produtividade máxima.
A trajetória internacional do tambaqui começou no final do século passado, quando pesquisadores internacionais identificaram seu alto potencial comercial. O peixe se destaca pela rusticidade e pela excelente conversão alimentar, conseguindo atingir um grande porte em pouco tempo.
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Na China, a espécie não é apenas criada em sua forma pura, mas também em versões híbridas, desenvolvidas especificamente para se adaptar aos tanques controlados e ao paladar do mercado local.
A escolha chinesa pelo peixe brasileiro não foi por acaso. A carne branca e firme, com poucas espinhas, caiu no gosto dos consumidores asiáticos. Além disso, a facilidade de manejo permitiu que a China integrasse o tambaqui em sua estratégia de segurança alimentar, produzindo toneladas da proteína para abastecer tanto o mercado interno quanto países vizinhos.
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Enquanto no Brasil o tambaqui brilha em pratos clássicos como a costela assada na brasa, do outro lado do mundo ele representa a força da biodiversidade brasileira aplicada à tecnologia de ponta.
Esse movimento evidencia como espécies nativas da nossa fauna podem ganhar escala global e se transformar em protagonistas da alimentação moderna, servindo de exemplo para o valor econômico inexplorado da floresta em pé.