Mundo

Descoberta revela como o corpo se protege de doenças e rende Prêmio Nobel a cientistas

Os pesquisadores Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi vão dividir o prêmio

Gabriel Fernandes

Publicado em 07/10/2025 às 09:55

Atualizado em 07/10/2025 às 10:01

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Cientistas foram responsáveis por identificar as 'células T reguladoras', que funcionam como guardas de segurança do sistema imunológico / Polina Tankilevitch/Pexels

Continua depois da publicidade

Um trio de cientistas, composto por dois americanos e um japonês, foi reconhecido pelo Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2025 por descobrir como o sistema imunológico nos protege de milhares de micróbios diferentes que tentam invadir nossos corpos.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Segundo o Comitê Nobel, durante uma cerimônia realizada na última segunda-feira (7), em Estocolmo, na Suécia, Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi dividirão o prêmio “por suas descobertas fundamentais sobre a tolerância imunológica periférica”.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Maior vírus gigante do mundo é descoberto no Brasil e intriga cientistas

• Surto alarmante de HIV em pequena ilha no Pacífico preocupa cientistas

O que eles descobriram?

O trio foi responsável por identificar as “células T reguladoras”, que funcionam como guardas de segurança do sistema imunológico e impedem que as células imunológicas ataquem nossos próprios corpos.

De acordo com Olle Kämpe, presidente do Comitê Nobel, as descobertas do trio foram cruciais para entender como o sistema imunológico funciona e por que nem todos desenvolvem doenças autoimunes graves.

Continua depois da publicidade

O imunologista japonês Shimon Sakaguchi descobriu, em 1995, uma nova classe de células T, mostrando que o sistema imunológico era mais complexo do que se acreditava na época, segundo o Comitê.

Já Brunkow e Ramsdell, ambos estadunidenses, se inspiraram na descoberta de Sakaguchi no começo dos anos 2000, quando explicaram por que uma linhagem específica de camundongos era particularmente vulnerável a doenças autoimunes.

Eles descobriram que os camundongos apresentavam uma mutação em um gene, batizado de Foxp3. Posteriormente, demonstraram que mutações no equivalente humano desse gene causam IPEX, uma doença autoimune grave.

Continua depois da publicidade

Em 2003, Sakaguchi relacionou suas descobertas aos fatos dos anos 1990, mostrando que o gene Foxp3 regula o desenvolvimento das “células T reguladoras”.

O trabalho do trio liderou a pesquisa no campo da tolerância periférica, ajudando a desenvolver tratamentos para câncer e doenças autoimunes, segundo o Comitê.

Os cientistas Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi dividirão o prêmio 'por suas descobertas fundamentais sobre a tolerância imunológica periférica' (Polina Tankilevitch/Pexels)
Os cientistas Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi dividirão o prêmio 'por suas descobertas fundamentais sobre a tolerância imunológica periférica' (Polina Tankilevitch/Pexels)
Elas foram cruciais para entender como o sistema imunológico funciona e por que nem todos desenvolvem doenças autoimunes graves (Andrea Piacquadio/Pexels)
Elas foram cruciais para entender como o sistema imunológico funciona e por que nem todos desenvolvem doenças autoimunes graves (Andrea Piacquadio/Pexels)
Em 2023, o mesmo prêmio foi concedido a Katalin Karikó e Drew Weissman pelo trabalho em vacinas de RNA mensageiro (mRNA), uma ferramenta crucial para reduzir a disseminação da COVID-19 (Andrea Piacquadio/Pexels)
Em 2023, o mesmo prêmio foi concedido a Katalin Karikó e Drew Weissman pelo trabalho em vacinas de RNA mensageiro (mRNA), uma ferramenta crucial para reduzir a disseminação da COVID-19 (Andrea Piacquadio/Pexels)
O prêmio em questão é composto por uma quantia em dinheiro de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1 milhão (Chokniti Khongchum/Pexels)
O prêmio em questão é composto por uma quantia em dinheiro de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1 milhão (Chokniti Khongchum/Pexels)

Outras edições

Em 2024, o prêmio foi concedido aos cientistas estadunidenses Victor Ambros e Gary Ruvkun pelo trabalho na descoberta do microRNA, uma molécula que regula o funcionamento das células do corpo.

Continua depois da publicidade

Em 2023, o prêmio foi concedido a Katalin Karikó e Drew Weissman pelo trabalho em vacinas de RNA mensageiro (mRNA), uma ferramenta crucial para reduzir a disseminação da COVID-19.

O prêmio em questão é composto por uma quantia em dinheiro de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1 milhão.

*Com informações da CNN

Continua depois da publicidade

TAGS :

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software