Também neste domingo, o papa Francisco fez um apelo a Putin contra a guerra / Reprodução/Facebook
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A Ucrânia afirmou neste domingo (2) que assumiu o controle total da cidade de Liman, ponto estratégico na autoproclamada república popular de Donetsk, que poderia servir de posto para novas investidas na região.
"Na última semana, o número de bandeiras ucranianas no Donbass [região ao leste] aumentou. Haverá ainda mais dentro de uma semana", disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que também acrescentou que a guerra contra a Ucrânia representa um "erro histórico para a Rússia". "Liman está totalmente livre. Obrigada, tropas", completou o presidente, em um vídeo curto.
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O revés para as tropas russas aconteceu depois de seu presidente, Vladimir Putin, ter proclamado a anexação de quatro regiões ucranianas (Donetsk e Lugansk, além das áreas ao sul de Kherson e Zaporíjia) -uma área que incluía Liman. Lugansk e Donetsk compõem o Donbass (leste russófono no centro do conflito).
A incorporação dos territórios ao domínio de Moscou foi formalizada pelo presidente Vladimir Putin na sexta-feira (30), em um movimento que gerou reação internacional e motivou a convocação da reunião do Conselho de Segurança, o mais importante das Nações Unidas -o Brasil se absteve na votação de uma resolução do órgão condenando a anexação.
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Com a tomada de Liman, Kiev poderá estabelecer uma ponte para uma eventual invasão de Lugansk, área que está quase totalmente ocupada por Moscou -pontos-chave como Kreminna, Severodonetsk e Lisitchansk ficam a menos de 50 km de Liman.
Cerca de 5.000 mil soldados russos foram expulsos neste sábado (1º) de Liman. "Em conexão com o risco de um cerco, tropas aliadas foram retiradas para linhas mais vantajosas", afirmou em nota o Ministério da Defesa da Rússia.
Forças russas capturaram Liman em maio e usaram a cidade como hub logístico para operações no norte da região de Donetsk, por onde passavam linhas de transporte de tropas e de fornecimento de materiais.
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Também neste domingo, o papa Francisco fez um apelo a Putin para que interrompa "sua espiral de violência e morte" na Ucrânia, afirmando que a crise no país poderia levar a um risco de uma escalada nuclear com consequências globais.
Em um discurso para milhares de pessoas na praça São Pedro, em Roma, também se referiu a Zelensky, pedindo que esteja aberto para qualquer "proposta séria de paz".
"Meu apelo vai, acima de tudo, para o presidente da Federação Russa, implorando para que ele pare essa espiral de violência e morte", disse o pontífice. "Do outro lado, entristecido pelo enorme sofrimento da população ucraniana devido à agressão que sofreu, eu dirijo também um apelo esperançoso ao presidente da Ucrânia para que esteja aberto a uma proposta séria de paz."
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