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Denúncia de uso de crematório em prisão é 'infundada', diz regime sírio

O governo dos Estados Unidos acusou o regime de Assad de ter instalado um crematório na prisão de Saydnaya para destruir corpos de detentos mortos nos últimos anos

Folhapress

Publicado em 16/05/2017 às 13:00

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O regime do ditador sírio, Bashar al-Assad, rejeitou "categoricamente" as acusações feitas pelos Estados Unidos / Divulgação

O regime do ditador sírio, Bashar al-Assad, rejeitou "categoricamente" nesta terça-feira (16) as acusações feitas pelos Estados Unidos de que teria instalado um crematório para encobrir massacres em uma prisão no país.

"Estas acusações são totalmente infundadas, são apenas o produto da imaginação desta administração e de seus agentes", disse em nota a chancelaria síria, comparando a denúncia dos EUA a um "enredo de Hollywood descolado da realidade" que serviria para justificar uma "intervenção" no país.

O governo dos Estados Unidos acusou na segunda (15) o regime de Assad de ter instalado um crematório na prisão de Saydnaya para destruir corpos de detentos mortos nos últimos anos.

"Apesar de muitas atrocidades cometidas pelo regime já terem sido documentadas, acreditamos que a construção de um crematório é um esforço para encobrir a extensão dos massacres em Saydnaya" declarou Stuart Jones, sub-secretário interino do Departamento de Estado para o Oriente Médio.

O funcionário apresentou a jornalistas imagens de satélite que aparentemente mostram neve derretida no teto dessas instalações, o que evidenciaria o uso de fornos no local.

As supostas violações de direitos humanos na prisão de Saydnaya, localizada a 30 quilômetros ao norte de Damasco, vieram à tona em fevereiro, após a Anistia Internacional divulgar um relatório acusando o regime sírio de ter enforcado até 13 mil dissidentes no local. Segundo a ONG, os corpos eram deixados sistematicamente em valas comuns na periferia de Damasco.

Na época, o regime sírio rejeitou as denúncias da Anistia Internacional.

A guerra civil na Síria teve início em 2011. Desde então, quase 500 mil pessoas foram mortas e aproximadamente metade da população do país foi deslocada, com milhões de pessoas refugiando-se em países vizinhos e na Europa.

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