X

Mundo

Cristina Kirchner nega acusação de lavagem de dinheiro

A ex-presidente da Argentina responde a seis processos – a maioria por corrupção – e prestou depoimento hoje (18)

Agência Brasil

Publicado em 18/09/2018 às 19:30

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

A ex-presidente é investigada por crimes de corrupção / Associated Press

A ex-presidente da Argentina e atual senadora Cristina Kirchner afirmou hoje (18), em um documento apresentado diante do juiz, que "nunca irão encontrar" algo que a envolva em crimes de corrupção, pois "jamais" se apoderou de dinheiro ilícito.

"Podem continuar monitorando meus movimentos e os de minha família, escutar de maneira clandestina minhas conversas telefônicas e escavar toda a Patagônia argentina ou onde quiserem. Nunca vão encontrar nada que me envolva, pois jamais me apoderei de dinheiro ilícito", diz o texto.

Cristina Kirchner responde a seis processos – a maioria por corrupção – e prestou depoimento hoje (18) em Buenos Aires por supostos crimes de lavagem de dinheiro no caso conhecido como Rota do Dinheiro K (de Kirchner). O depoimento ocorreu depois que o juiz encarregado da causa foi obrigado por uma Câmara superior a intimá-la, apesar de ter resistido a tal medida durante dois anos.

"Diante desta grave irregularidade, mais uma na longa perseguição que venho sofrendo há dois anos e oito meses, registrei isso apresentando um recurso de cassação contra a resolução inválida ditada pela Câmara e questionei os juízes que a assinaram, por carecer de imparcialidade frente ao caso", ressaltou a senadora.

Suspeitas

A ex-presidente é investigada por crimes de corrupção supostamente cometidos entre 2010 e 2013 por intermédio de uma rede que montou uma estrutura de sociedades e contas bancárias no exterior que lavou pelo menos US$ 60 milhões. "Não só desconheço totalmente esta suposta manobra, como não existe nenhum elemento de prova que me vincule à mesma."

No texto, Cristina Kirchner acusa o governo de Mauricio Macri de manipular sua situação judicial e ressalta que nunca teve contas bancárias não declaradas. "Todos os ativos de nossa família estão e continuarão na República Argentina e sempre foram incorporados a nossas declarações de bens."

Após reiterar que sua família nunca teve sociedades offshore em paraísos fiscais e nem apareceu em investigações como o conhecido caso dos Panama Papers, como aconteceu com "o sobrenome Macri, entre muitos outros funcionários de seu governo."

Ao final, a ex-presidente insinua responsabilidades relacionadas a Macri: "Em síntese, se a questão é investigar quem retirou dinheiro do país, esta causa deveria ter mudado de nome há muito tempo: ao invés de Rota do Dinheiro K, deveria se chamar Rota do Dinheiro M (referindo-se a Mauricio Macri).

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Baixada Santista confirma sétima morte por dengue

A vítima é uma mulher de 49 anos, que morreu no último dia 3

Santos

Pacientes com câncer estão tendo cirurgias suspensas em Santos

Denúncia foi feita pela vereadora Audrey Kleys (Novo) durante a 22ª Sessão Ordinária da Câmara de Santos nesta terça-feira (23)

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter