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COP30 começa com 110 metas climáticas entregues, mas grandes emissores seguem fora

Planos apresentados representam 71% das emissões globais, mas Índia, Irã e Arábia Saudita ainda não enviaram compromissos à ONU

Luna Almeida

Publicado em 10/11/2025 às 22:42

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Os planos nacionais são exigências do Acordo de Paris e devem ser atualizados a cada cinco anos / Toninho/Gazeta de SP

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O primeiro dia da COP30, conferência climática das Nações Unidas que começou nesta segunda-feira (10), trouxe um avanço importante, mas ainda insuficiente diante da urgência ambiental.

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Segundo levantamento da plataforma Climate Watch, 110 países entregaram suas novas metas climáticas, conhecidas como NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), representando 71% das emissões globais de gases de efeito estufa.

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O número cresceu após a inclusão dos 27 países da União Europeia, que submeteram individualmente cópias de um mesmo documento conjunto. 

Ainda assim, 87 países permanecem em atraso, incluindo grandes emissores como Índia, Irã e Arábia Saudita, que não apresentaram suas metas revisadas à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

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Metas ainda distantes do ideal

Os planos nacionais são exigências do Acordo de Paris e devem ser atualizados a cada cinco anos, com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C até o fim do século. 

No entanto, a ONU aponta que os compromissos submetidos até agora levariam a uma redução de apenas 12% nas emissões até 2035, tomando como base os níveis de 2019. O corte necessário, segundo cientistas, seria de 60%.

Apesar do resultado aquém, o relatório da UNFCCC reconhece que as medidas adotadas na última década evitaram um cenário ainda mais grave. Antes da assinatura do Acordo de Paris, as projeções indicavam aumento de até 48% nas emissões para 2035. 

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Agora, os números apontam para estabilização – um sinal de que o planeta pode estar próximo do pico de emissões globais.

Expectativas para as próximas semanas

As NDCs entregues servirão de base para as negociações ao longo das duas semanas de conferência, em busca de planos mais ambiciosos e imediatos. 

A principal divergência nas discussões é a lacuna entre o corte necessário e o comprometimento atual dos países, tema que deve ser debatido por pressão dos pequenos Estados insulares, os mais afetados pela elevação das temperaturas e do nível do mar.

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Decisões sobre esse e outros pontos sensíveis da pauta devem ser tomadas até quarta-feira (12). A expectativa é de que a COP30 resulte em acordos capazes de acelerar a transição global para energias renováveis e garantir uma redução efetiva das emissões nos próximos anos.

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