Com a nave Mengzhou, o módulo Lanyue e foguetes de alta precisão, o país estrutura o plano que levará astronautas ao satélite natural. / Agência Chinesa
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A China avança rumo ao que pode ser a próxima grande transformação da ciência aeroespacial. Após 50 anos desde que seres humanos pisaram na superfície lunar pela última vez, a nova geração de astronautas que visitará a Lua pode estar mais próxima do que imaginamos.
Em outubro de 2025, um porta-voz do programa espacial tripulado chinês afirmou que o país segue acelerando sua missão lunar, prevista para ocorrer até 2030.
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O país asiático, já consolidado como potência tecnológica, também vem expandindo rapidamente sua presença no setor aeroespacial. Em 2003, a China enviou seu primeiro astronauta ao espaço e, desde então, acumulou avanços importantes, incluindo a criação da estação espacial Tiangong e a realização de caminhadas espaciais.
Um dos pilares desse progresso é a família de foguetes Longa Marcha, reconhecida por sua alta taxa de sucesso. Paralelamente, o país desenvolve um novo foguete e a espaçonave tripulada Mengzhou, ambos projetados para levar astronautas à Lua ainda nesta década.
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O novo veículo, composto por módulos de tripulação e de serviço, será versátil e adaptado a diferentes tipos de missão, substituindo progressivamente a atual nave Shenzhou.
A Mengzhou terá duas versões: uma destinada a missões em órbita da Terra e outra projetada para o espaço profundo, voltada especificamente para o programa lunar.
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Com capacidade para transportar até seis astronautas, o dobro da Shenzhou, a espaçonave deve realizar seu primeiro voo não tripulado no próximo ano.
A Mengzhou também será responsável por transportar o módulo lunar Lanyue, que reúne um estágio de pouso e outro de propulsão, capaz de levar dois astronautas à superfície lunar.
Com cerca de 26 toneladas, o Lanyue está em testes desde 2024. Avaliações robóticas estão previstas para 2027 e 2028, seguidas de uma missão não tripulada entre 2028 e 2029, que antecederá o pouso tripulado estimado para 2030.
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Além disso, a China apresentou em 2024 seus novos trajes lunares, com demonstrações públicas de mobilidade e flexibilidade, reforçando o avanço do programa e a proximidade de uma nova era da exploração lunar.