04 de Maio de 2024 • 05:31
Veículos de comunicação argentinos esperavam 1 milhão de pessoas no velório de Maradona / Reprodução/Reuters
Uma multidão de torcedores e personalidades do esporte e da política passou nesta quinta-feira (26) pela Casa Rosada, em Buenos Aires, para se despedirem de Diego Armando Maradona, que morreu aos 60 anos por causa de insuficiência cardíaca.
A morte de um dos melhores e mais carismáticos jogadores da história, na última quarta-feira em sua casa no subúrbio de Buenos Aires, desencadeou reações profundas e homenagens em todo o mundo, inclusive do presidente argentino e do papa Francisco.
“Maradona é a maior coisa que aconteceu na minha vida. Eu o amo tanto quanto meu pai, e é como se meu velho tivesse morrido”, disse, aos prantos, Cristian Montelli, funcionário administrativo de 22 anos que tem uma tatuagem com o rosto de Maradona em uma perna.
Em meio às muitas homenagens, também aconteceram incidentes violentos. As forças policiais dispararam balas de borracha e gás lacrimogêneo quando admiradores, que formaram uma fila de mais de 2 quilômetros no centro de Buenos Aires, se afobaram para se despedir de Maradona antes que o transferissem para o local do enterro.
Diante da mobilização imensa, a família e as autoridades decidiram ampliar o velório por três horas além do horário previsto originalmente.
Mas a sede do governo ficou repleta de torcedores exaltados, e as autoridades resolveram retirar o féretro do lugar por segurança, segundo a televisão local.
Veículos de comunicação argentinos estimavam que até 1 milhão de pessoas poderiam comparecer para se despedir de seu ídolo, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Uma multidão ocupou durante toda a noite da última quarta a Praça de Maio, que fica diante da Casa Rosada, para homenagear o astro e esperar para lhe dar adeus. Dezenas de milhares de argentinos saíram às ruas, e os estádios de futebol acenderam as luzes às 10 horas da noite (o número da camisa de Maradona) como tributo ao ex-jogador.
As portas do palácio presidencial se abriram no início da manhã desta quinta-feira, quando já havia uma fila longa de pessoas que esperavam para entrar para ver o corpo do ídolo, coberto com uma bandeira da Argentina e uma camisa da seleção com o número 10.
Muitos admiradores esboçavam algumas palavras tímidas de despedida ou lançavam flores. Outros simplesmente choravam.
Polícia
Ainda não há informações sobre as identidades dos dois cadáveres
Cotidiano
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), outras 17 mortes estão sob investigação.