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Com aumento das compras online, lojas queridinhas do público fecham as portas

Empresas que pareciam inabaláveis estão encerrando operações físicas diante das mudanças no comportamento do consumidor, cada vez mais digital

Ana Clara Durazzo

Publicado em 09/06/2025 às 14:14

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Um dos casos mais simbólicos é o da Forever 21, gigante da fast-fashion que já atraiu multidões em busca de roupas com preços incrivelmente baixos / Freepik

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Para quem cresceu frequentando shoppings nas últimas décadas, é quase surreal testemunhar o fechamento de marcas icônicas do varejo.

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Empresas que pareciam inabaláveis estão encerrando suas operações físicas diante das mudanças no comportamento do consumidor, cada vez mais digital.

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Um dos casos mais simbólicos é o da Forever 21, gigante da fast-fashion que já atraiu multidões em busca de roupas com preços incrivelmente baixos.

Com o tempo, porém, a marca perdeu espaço para concorrentes online como Shein e Temu, e, após dois pedidos de falência nos EUA sob o Capítulo 11, encerrou suas últimas lojas físicas em maio, encerrando um ciclo e desaparecendo silenciosamente dos centros comerciais.

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Macys

Outra gigante em declínio é a Macy’s, tradicional loja de departamento dos EUA. A empresa já não atrai o mesmo público que antes preferia comprar roupas e artigos para casa pessoalmente.

Em janeiro, a Macy’s anunciou que vai fechar 66 lojas em 2024, parte de um plano de desativação de 150 unidades consideradas pouco produtivas até 2026. Apesar de continuar operando, a marca luta para se manter relevante.

Outras lojas

Também enfrentando turbulência estão marcas como Volcom, Billabong e Quiksilver. Controladas pela empresa Liberated Brands, que entrou com pedido de recuperação judicial em fevereiro, essas redes especializadas devem fechar 100 lojas. As marcas em si foram salvas por um comprador anônimo, mas sua presença física nos shoppings está ameaçada.

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Torrid 

Agora, mais uma marca tradicional de shopping anunciou cortes significativos: a Torrid, rede de moda plus size feminina fundada em 2001.

Durante a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, a CEO Lisa Harper revelou que a empresa pretende fechar até 180 lojas com baixo desempenho ainda este ano. A decisão acompanha a crescente migração dos consumidores para o ambiente digital.

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“O canal digital já representa cerca de 70% da nossa demanda total”, afirmou Harper. “Estamos acelerando nossa transformação para um modelo mais digital, otimizando nossa presença física para focar em canais que impulsionem crescimento de longo prazo.”

A Torrid, que atualmente opera 632 lojas, pretende iniciar os fechamentos principalmente no quarto trimestre. Ao mesmo tempo, a empresa planeja renovar 135 unidades com baixo investimento, buscando modernizar a experiência do consumidor nas lojas que permanecerem abertas.

A medida vem após a divulgação de resultados financeiros negativos: a empresa registrou uma queda de 5% nas vendas líquidas em relação ao ano anterior e o lucro líquido caiu mais da metade.

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Apesar dos desafios, Torrid aposta na fidelidade do público. Segundo Harper, 95% dos clientes estão ativos no programa de fidelidade, o que fortalece o relacionamento com o público e oferece uma base sólida para a transformação digital.

Além de funcionarem como pontos de venda, as lojas físicas da Torrid ainda são vistas como “centros comunitários e espaços imersivos de marca”, oferecendo experiências presenciais, provadores e atendimento personalizado, fatores que, segundo Harper, aprofundam a lealdade dos clientes.

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