Nova água-viva é transparente e possui uma toxina extremamente perigosa aos humanos / Imagem gerada por IA
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Pesquisadores do Instituto de Ciências Marinhas da Austrália anunciaram a descoberta de uma nova espécie de água-viva transparente, cuja toxina se mostrou surpreendentemente potente. O animal, identificado nas águas do norte do país, chamou atenção por seu corpo quase invisível, pela presença de 24 olhos e por reações intensas provocadas em contato com a pele humana.
Batizada de Tripedalia maipoensis, o organismo pertence à família das cubomedusas, conhecidas popularmente como “águas-vivas-caixa”, grupo que abriga algumas das criaturas marinhas mais venenosas do planeta.
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Segundo os cientistas, a nova espécie apresenta tentáculos longos e finos, quase imperceptíveis, e um corpo cúbico que se mistura à coloração azulada do mar, tornando sua detecção quase impossível a olho nu.
A equipe de pesquisa relatou que, em testes laboratoriais, o veneno causou reações neurológicas e cardíacas intensas, com potencial de levar à morte em casos de exposição prolongada. A substância afeta diretamente o sistema nervoso e os vasos sanguíneos, provocando dor intensa e colapso em poucos minutos.
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O biólogo marinho Dr. Samuel Price, que lidera o estudo, afirmou que o achado é “um lembrete do quanto ainda desconhecemos sobre as profundezas do oceano”. “Trata-se de uma espécie que, apesar da aparência frágil, possui uma química extremamente sofisticada e letal”, explicou.
Os cientistas ainda não definiram um nome oficial para o novo animal, mas pretendem catalogá-lo formalmente nos próximos meses, após análises genéticas e mapeamento detalhado do habitat. O estudo também busca entender por que essas águas-vivas transparentes se concentram em áreas específicas e qual o papel ecológico que desempenham.
A descoberta reacende o alerta para banhistas e mergulhadores, especialmente em regiões tropicais da Austrália, onde outras espécies da família Chironex já são conhecidas por causar acidentes fatais. “Mesmo um simples contato pode ser perigoso. A melhor forma de proteção é evitar o banho em locais sem monitoramento”, reforçou Price.
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O achado, além de científico, reforça a importância da conservação dos ecossistemas marinhos, que abrigam espécies ainda desconhecidas e fundamentais para o equilíbrio ambiental — e que podem, ao mesmo tempo, esconder alguns dos venenos mais potentes do planeta.