A Estação Internacional de Pesquisa Lunar foi concebida para operar de forma autônoma por longos períodos / Reprodução/Roskosmos
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China e Rússia avançam em uma ambiciosa parceria espacial com planos de construir uma usina nuclear na Lua até 2035. A estrutura será responsável por fornecer energia à futura Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), uma base que deve funcionar como centro de pesquisa científica no satélite natural da Terra.
A iniciativa reforça a estratégia conjunta dos dois países de ampliar sua presença no espaço e estabelece um contraponto ao programa Artemis, liderado pelos Estados Unidos.
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A ILRS está sendo construída com o apoio de diversos países parceiros e deve ser instalada próxima ao polo sul lunar, uma das regiões mais promissoras para futuras explorações.
A Estação Internacional de Pesquisa Lunar foi concebida para operar de forma autônoma por longos períodos, mas também será capaz de receber missões tripuladas de curta duração.
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A base deve conduzir experimentos científicos e testar tecnologias para atividades prolongadas na Lua, abrindo caminho para uma presença humana mais consistente.
O projeto foi anunciado em 2017 e já conta com apoio de países como Paquistão, Venezuela, Belarus, Azerbaijão, África do Sul, Egito, Nicarágua, Tailândia, Sérvia, Senegal e Cazaquistão.
Além disso, a China pretende expandir a colaboração por meio do Projeto 555, convidando 50 nações, 500 instituições de pesquisa e até 5.000 cientistas estrangeiros.
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A construção da usina nuclear na Lua será essencial para garantir o funcionamento da ILRS, já que a geração de energia é um dos principais desafios da permanência no espaço.
Além disso, os recursos naturais do satélite – como óxidos metálicos, regolito, terras raras e hélio-3 – são considerados altamente valiosos. Este último, em especial, pode ser um possível combustível para reatores de fusão nuclear no futuro.
A liderança chinesa em missões lunares tem ganhado destaque. Desde 2013, o país envia sondas não tripuladas à Lua e já realizou mapeamentos detalhados da superfície lunar, incluindo o lado oculto do satélite.
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Em junho de 2024, foi o primeiro país a coletar amostras de rochas desse hemisfério, um feito inédito na história da exploração espacial.
A missão Chang’e-8, prevista para 2028, dará início à instalação da base ILRS e marcará também a primeira tentativa da China de pousar um astronauta na superfície lunar.
Com isso, o país consolida seu papel como protagonista na nova corrida espacial, desafiando o domínio histórico das potências ocidentais no setor.
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