Mortes ligadas ao calor e à fumaça das queimadas disparam em todo o mundo / Joédson Alves/Agência Brasil
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De acordo com um relatório publicado pela revista The Lancet, cerca de 546 mil pessoas morrem todos os anos no mundo em decorrência do calor extremo. Somente em 2024, outras 154 mil mortes foram atribuídas à inalação da fumaça proveniente de incêndios florestais.
O documento, intitulado Contagem Regressiva em Saúde e Mudanças Climáticas, foi elaborado por cientistas de diversos países em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e divulgado no Reino Unido.
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O relatório antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada a partir de 10 de novembro em Belém (PA), e faz um apelo por redução drástica no uso de combustíveis fósseis e nas emissões de gases de efeito estufa, além de ações de adaptação que minimizem os impactos das mudanças climáticas na saúde humana.
Segundo os cientistas, 2024 foi o ano mais quente já registrado, o que levou 12 dos 20 indicadores que monitoram riscos à saúde associados ao clima a atingirem níveis sem precedentes.
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No Brasil, o relatório estima que 3,6 mil mortes anuais, entre 2012 e 2021, estejam relacionadas ao calor extremo, mais do que mortes por asma e alergia no país. Já entre 2020 e 2024, ocorreram em média 7,7 mil mortes por ano ligadas à exposição à fumaça de incêndios florestais.
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Apesar dos dados alarmantes, o documento manifesta otimismo com as negociações internacionais, destacando que “construir um futuro resiliente exige transformar profundamente os sistemas de energia e reduzir a dependência global de combustíveis fósseis”.
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