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'Brasil não pode ser só uma loja onde a China compra itens', diz Mourão em Pequim

Mourão defendeu que é preciso 'agregar valor' no que é exportado

Folhapress

Publicado em 21/05/2019 às 10:35

Atualizado em 21/05/2019 às 10:37

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O vice-presidente Hamilton Mourão deu entrevista, em Pequim, nesta terça-feira (21) em entrevista à CGTN, canal estatal de TV chinês / Marcelo Camargo/Agência Brasil

"A relação que temos hoje não precisa das características da Nova Rota da Seda, mas isso não está fechado, pelo contrário, está em discussão", afirmou o vice-presidente Hamilton Mourão, em Pequim, nesta terça-feira (21) em entrevista à CGTN, canal estatal de TV chinês,  em espanhol. Ele falou por cerca de 30 minutos sobre as relações entre o Brasil e a China. A entrevista vai ao ar no dia 29 de maio.

Sobre a relação Brasil-China, Mourão defendeu que é preciso "agregar valor" no que é exportado. "O Brasil não pode ser só uma loja que a China vai e compra itens. Tem que ser mais do que isso. As coisas que vem do Brasil têm que ter o mesmo valor que as que vem da China. 
Estamos na era do conhecimento. A economia do século 21 é a economia do conhecimento, esse é o passo adiante que temos que dar nessa relação". 

"Temos uma visão de expectativa sobre quais são as intenções finais, quais as visões do governo chinês. Aguardamos as propostas que a China pode fazer", disse Mourão, sobre a Rota da Seda. 

A Nova Rota da Seda foi lançada em 2013 e é o principal programa do atual governo chinês, que promete investimentos em infraestrutura e oportunidades de negócios com empresas chinesas. O megaprojeto de desenvolvimento movimenta 30 bilhões de dólares em investimentos e já conta com a adesão de 125 países.

A antiga rota que ligava a China ao Ocidente ganhou novas dimensões e o governo chinês vê a América Latina como uma "extensão natural". O Panamá foi o primeiro país da região a aderir ao programa. Depois, outros 14 governos latino-americanos vieram ampliar a lista, entre eles Bolívia, Venezuela e Chile.

O vice-presidente afirmou que "aguarda conversas profundas sobre o tema", mas não há calendário previsto. A iniciativa "está mais unida com as questões dos países próximos da China, da Europa e África. Nós, na América Latina estamos um pouco distantes", disse.

Mourão visitou instalações e locais de testes da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) nesta terça-feira (21), em Pequim. Os dois países têm uma antiga parceria nessa área. A cooperação espacial sino-brasileira, para o desenvolvimento e lançamento de satélites, completou 30 anos em 2018. Em seguida, o vice-presidente teve um encontro com um pequeno grupo de especialistas em China na Embaixada brasileira.

Nesta terça, Mourão encerrará sua agenda com um jantar privado. O vice-presidente fica na China até a noite de sexta-feira (24). 

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