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Bispos venezuelanos pedem avanço do referendo sobre destituição de Maduro

"Pretende-se ganhar espaço, tempo, com o diálogo. É uma espécie de diversão, sabendo, às vezes, que os resultados estão, de antemão, desclassificados ou destruídos", afirmou Morales

Agência Brasil

Publicado em 01/06/2016 às 12:50

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A Conferência Episcopal Venezuelana questionou a possibilidade de um diálogo real entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição / Divulgação

A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) questionou hoje (1º) a possibilidade de um diálogo real entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição e defendeu que o referendo sobre a destituição do presidente avance imediatamente.

A Venezuela precisa "voltar ao que está estabelecido na Constituição, a um país, uma nação e um Estado pluralista, descentralizado, com respeito pelos direitos humanos, a governo alternativo", disse o porta-voz da CEV, Ovídio Pérez Morales, em declarações à imprensa, em Caracas.

"A maioria do povo venezuelano entende e quer isso. É necessário, entre outras coisas, já com urgência, avançar com o referendo revogatório [do mandato do chefe de Estado], que está [contemplado] na Constituição e que pode dar um alívio, uma saída para os problemas do país", acrescentou.

"Pretende-se ganhar espaço, tempo, com o diálogo. É uma espécie de diversão, sabendo, às vezes, que os resultados estão, de antemão, desclassificados ou destruídos", afirmou Morales.

Para os bispos, "o termo diálogo está desgastado, usa-se de forma errada, abusa-se dele".

"Para qualquer coisa usa-se a palavra diálogo, que é um relacionamento humano sumamente exigente em disposições éticas, espirituais e humanas", lembrou o porta-voz da CEV.

Desde 2007, a Igreja Católica contesta a política de Nicolás Maduro por considerá-la "inconstitucional".

Segundo a CEV, "o projeto que tende a converter a Venezuela em um Estado socialista vai contra elementos fundamentais da concepção da pessoa e da sociedade, sendo moralmente inaceitável" e foi negado durante o referendo constitucional de 2007, estando agora "imposto por todas as vias".

A Igreja lamenta a falta de comunicação com o governo e diz pretender, por vocação, contribuir para a pacificação do país. "Há uma comunicação permanente entre a Igreja na Venezuela e a Santa Sé. Roma está informada, passo a passo, da situação no país".

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