X

Mundo

Biden retira tapete, bandeiras e quadros usados por Trump no Salão Oval

O novo presidente dos EUA determinou mudanças no escritório na Casa Branca, para sinalizar questões que defende, como o respeito à ciência e a luta pela igualdade racial

Folhapress

Publicado em 21/01/2021 às 21:33

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Joe Biden / DIVULGAÇÃO/PARTIDO DEMOCRATA

Horas após a posse de Joe Biden, o Salão Oval já estava bem diferente. O novo presidente dos EUA determinou mudanças no escritório na Casa Branca, para sinalizar questões que defende, como o respeito à ciência e a luta pela igualdade racial -e para remover símbolos da gestão de Donald Trump.

A mudança mais visível, no entanto, é cosmética: o tapete. Trump usava um de cor creme, e Biden optou por outro em tom azul escuro, que não era usado desde o governo de Bill Clinton (1993-2001). A cortina atrás de sua mesa também mudou: ela segue na cor dourada, mas agora em tom levemente mais escuro.

Os itens de decoração podem ser escolhidos no acervo da Casa Branca ou emprestados de museus. É comum que presidentes solicitem mudanças ao assumir o cargo.

Biden trocou diversos quadros e bustos. Tirou o retrato de Andrew Jackson (1767-1845), um presidente populista que estimulou o massacre de índios, e colocou no lugar um de Benjamin Franklin (1706-1790), um dos pais fundadores dos EUA e autor de várias experiências com a eletricidade.

A homenagem a Franklin foi apontada como um sinal de respeito à ciência. Perto do quadro, segundo o jornal The Washington Post, há um conjunto de pedras lunares, outra referência a conquistas científicas.

O novo presidente também terá no escritório bustos de César Chávez (1927-1993), sindicalista de origem latina, e de Robert Kennedy (1925-1968), ex-procurador-geral que defendeu o avanço dos direitos civis e combateu a máfia. Um busto de Martin Luther King (1929-1968), líder na luta dos negros por direitos civis, segue no salão desde a gestão de Barack Obama (2009-16).

No lado oposto à sua mesa, foram colocados cinco quadros. O maior deles é o do ex-presidente Franklin Roosevelt (1882-1945), que liderou o país durante a Segunda Guerra e que herdou o país devastado pela Grande Recessão, em 1933. O democrata também implementou o New Deal, uma série de programas sociais, de infraestrutura, reformas financeiras e regulações que mais impacto tiveram no século 20.

Ao lado dele, ficam imagens de George Washington (1732-1799) e de Abraham Lincoln (1809-1865).

Biden também mandou fixar, lado a lado, retratos de Alexander Hamilton (1755-1804) e Thomas Jefferson (1743-1826), dois fundadores do país que tinham visões políticas opostas. A escolha sugere uma recordação de que oponentes podem conviver pacificamente e ecoa o discurso por união.

O democrata retirou, ainda, várias bandeiras militares que o antecessor havia disposto, deixando apenas duas, a dos EUA e a que traz o selo presidencial. E trouxe de volta o quadro impressionista "Avenue in the Rain", pintado por Childe Hassam, em 1917, que retrata uma série de bandeiras americanas.

Já a mesa de trabalho será a mesma de antes. Batizada de Resolute Desk (mesa resoluta, em tradução livre), ela ficou famosa devido às fotos que mostram o ex-presidente John F. Kennedy (1917-1963) trabalhando enquanto seu filho John Jr. brincava embaixo dela. Após o assassinato do democrata, a mesa foi trocada por outra até ser trazida de volta ao Salão Oval nos anos 1970 por Jimmy Carter.

Feita da madeira de um navio britânico do século 19, o HMS Resolute, e dada pela rainha Vitória ao ex-presidente Rutherford B. Hayes em 1880, a Resolute Desk é usada por todos os presidentes desde então.

O Salão Oval atual foi construído em 1934, após um incêndio na Casa Branca, e fica em um dos cantos da Ala Oeste da sede presidencial, no primeiro andar. Suas janelas dão para um enorme jardim, o Rose Garden. De um lado do salão, há a mesa de trabalho. Do outro, uma lareira, com duas cadeiras próximas, onde o presidente costuma posar para fotos com visitantes. O ambiente tem cerca de 75 m².

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Nacional

Ator coreano Sung Hoon anuncia doações para vítimas do RS

Hoon vem ao país como parte na campanha de divulgação do dorama 'A Vingança do Casamento Perfeito'

Santos

Live internacional apresenta plano de ação santista para a Agenda 2030

Conversa se aprofundará na última das 17 bandeiras da Agenda 2030, que aborda Parcerias e Meios de Implementação

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter